Dólar atinge máxima de R$ 4,32, mas trabalha sem direção definida

O dólar comercial oscila sem rumo único frente ao real desde a abertura dos negócios desta segunda, 10, em meio às preocupações do mercado com o coronavírus. Os impactos da doença seguem no radar dos investidores, que se mantém na defensiva, enquanto as projeções de crescimento da China e global são revisadas. Às 10h03 de Brasília), a moeda norte-americana operava com ligeira queda de 0,04% no mercado à vista, cotada a R$ 4,320 para venda, enquanto o contrato para março oscilava com leve queda de 0,04%, a R$ 4,3250.

Os analistas da corretora Commcor ressaltam que, no exterior, os mercados operam sem direção única, tendo como pano de fundo a “atenção ímpar” à situação do coronavírus e os impactos de curto, médio e longo prazos. “Há uma preocupação adicional com a situação que já tirou mais vidas do que a Sars [Síndrome Respiratória Aguda Grave], em 2003”, comentam. Segundo as autoridades chineses, o número de mortes subiu para 908, enquanto os casos confirmados da doença estão em 40,1 mil.

“O contágio [do coronavírus] continua em crescimento acelerado, ainda que o número de curas supere em muito as mortes e as projeções de crescimentoda China sofrem revisões constantes mundo afora”, diz o economista-chefe da Infinity, Jason Vieira.

Para o diretor de câmbio de uma corretora nacional, novos números da economia dos Estados Unidos mais robustos devem continuar a projetar uma escalada histórica do dólar pelo mundo, pelo menos no curtíssimo prazo. Nesta semana, serão divulgados os  ados de inflação, de vendas no varejo e a produção industrial do país em janeiro.

Por Agência Safras