A Organização Internacional do Café (OIC) diminuiu sua projeção para o déficit de oferta da commodity na safra 2019/2020. Pelos cálculos da entidade que tem sede em Londres, o consumo será maior que a oferta no atual ciclo em 480 mil sacas. Há um mês, a estimativa da instituição era de que o déficit fosse de 630 mil sacas.
“O Covid-19, no entanto, apresenta um risco considerável de queda no consumo global de café”, considerou a Organização no seu relatório mensal divulgado nesta quarta-feira, 4, sobre os impactos para o setor da disseminação do coronavírus. Os dados apresentados nesta quarta pela OIC revelam a expectativa de que a produção mundial de café em 2019/2020 seja de 168,86 milhões de sacas, uma queda de 0,8% em relação ao ciclo anterior.
A produção de arábica deve recuar 3,9%, para um total de 96,37 milhões de sacas, enquanto a de robusta pode ser ampliada em 3,7%, para 72,5 milhões de sacas. Já o consumo mundial de café nesta safra foi estimado pela OIC em 169,34 milhões de sacas, um incremento de 0,7% em relação a 2018/19, após um ano de “crescimento excepcional” do consumo na Europa e na América do Norte. No mês passado, a Organização previa que a produção global seria de 168,71 milhões de sacas e a demanda mundial, de 169,34 milhões de sacas.
Por Estadão Conteúdo