O volume de etanol hidratado vendido pelas usinas no mercado spot de São Paulo em julho foi o menor desde fev/2017 e 13% inferior ao de jun/21, segundo dados apurados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Na comparação com jul/20, o recuo foi ainda mais expressivo: de 28,4%. Conforme pesquisadores do Cepea, esse cenário está atrelado, em algum grau, aos desdobramentos das medidas restritivas impostas pela pandemia de covid-19 no Brasil, com consequência no deslocamento das pessoas. É fato que o volume utilizado de combustíveis, de forma geral, ainda não voltou aos níveis observados em anos anteriores.
Ainda de acordo com pesquisadores do Cepea, os preços relativos entre etanol hidratado e gasolina, que têm ultrapassado o ponto tido pela maior parte dos proprietários de veículos flex como de indiferença, também explicam a queda nas vendas de hidratado. Dados do Cepea mostram ainda que a queda no volume de etanol hidratado comercializado se deve também à baixa ocorrida na modalidade de contratos: na média dos três primeiros meses do presente ano-safra, relativamente ao mesmo período de 2020, o recuo foi de 39%. Quanto aos preços dos etanóis combustíveis, seguem firmes para o atual momento do ano-safra. Em julho (considerando-se as semanas cheias), a média do Indicador CEPEA/ESALQ semanal do hidratado (semanas cheias) foi de R$ 2,9411/litro, alta de 1,32% na comparação com a das semanas de junho. No mesmo comparativo, para o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol anidro, considerando somente o mercado spot, houve ajuste positivo de 1,1% entre as médias de junho e julho, a R$ 3,3873/litro.