A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) assinou esta semana, junto com o Governo de Mato Grosso e o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), um Memorando de Entendimento (MoU) com o Instituto Ambiental Global Yongxu, do Distrito de Chaoyang de Pequim. O objetivo é promover relações comerciais bilaterais sustentáveis entre o Brasil e a China em produtos agropecuários.
O documento foi assinado pelo presidente da Famato Normando Corral, pelo governador Mauro Mendes e o presidente do Imac, Caio Penido.
“Esta é uma oportunidade para realizarmos negócios com os chineses e também demonstrar de maneira inequívoca que a gente produz em Mato Grosso e no Brasil dentro do que prevê a legislação, seja ambiental, fiscal ou social. Produzimos com técnicas científicas e com base no conhecimento que temos de produção agropecuária em região de clima tropical. Nós temos grande potencial para contribuir com a segurança alimentar, não só nossa como mundial”, disse Normando Corral.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil. Responde por 43% da carne e 70% da soja exportadas para os chineses. Em Mato Grosso o país asiático lidera o ranking das embarcações. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), somente neste ano de 2022, Mato Grosso já exportou 2,26 milhões de toneladas de soja para a China e 9,5 mil toneladas de carne equivalente carcaça. Em 2021, o estado destinou mais de 12 milhões de toneladas da oleaginosa para os chineses e 200 mil toneladas equivalente carcaça.
Segundo o representante do Instituto Ambiental Global Yongxu do Distrito de Chaoyang de Pequim, Jin Jiaman, o entendimento entre o Governo de Mato Grosso e o instituto possibilitará a construção de uma cadeia de valor sustentável, visando promover um sistema mútuo de certificação da carne bovina. “As economias de Mato Grosso e da China são complementares e vemos grandes perspectivas de investimento chinês no agronegócio do estado”.