Com apoio do Ministério da Agricultura (Mapa), o governo de Goiás anunciou nesta semana a criação de um grupo de trabalho dedicado ao setor de aquicultura e pesca. O grupo irá se reunir mensalmente para debater demandas e soluções apresentadas por aquicultores e pescadores do estado.
Um dos temas é capacitar os profissionais que atuam na produção de pescado em Goiás. “O trabalho conjunto entre as instituições poderá gerar projetos de extensão rural, treinamento em boas práticas de fabricação, educação ambiental e sanitária”, destacou o superintendente federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (SFA/GO), José Eduardo de França. A estrutura vai funcionar no âmbito do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e Agropecuário (Condra), que é vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
O estado de Goiás tem potencial para produção de pescado, principalmente tilápia. Entre as vantagens, segundo o chefe do Serviço de Projetos de Infraestrutura da Secretaria de Aquicultura e Pesca do Mapa, Adauto de Souza Almeida, estão a localização central do estado, facilidade de transporte aéreo, rodoviário e ferroviário, pluviosidade média anual de 1.700 milímetros, temperatura média anual de 25 graus Celsius e disponibilidade de água.
Conforme levantamento da secretaria do Mapa, a União dispõe de dez reservatórios em Goiás, com capacidade de produzir pelo menos 222.212 toneladas de peixe por ano. Apenas os reservatórios de Serra da Mesa e Cana Brava estão com suas capacidades esgotadas. Batalha, Cachoeira Dourada, Emborcação, Itumbiara, São Simão e Serra do Facão podem ser melhor explorados. Paranã e Queimados sequer tiveram suas capacidades calculadas até o momento.