O governo da Argentina concordou em não aumentar as taxas sobre as exportações agrícolas ou limitar a quantidade de grãos que pode ser embarcada ao exterior. Produtores do país haviam alertado que protestariam caso o governo implementasse alguma das medidas para controlar a inflação. O ministro da agricultura, Luis Besterra, disse, no entanto, que o presidente não planejava novas taxas ou restrições e que a reunião visava esclarecer isso.
Atualmente, há uma taxa de 33% sobre as exportações de soja da Argentina e de 31% sobre o óleo e o farelo de soja. No caso do milho e do trigo, a taxa é de 12%. As tarifas são pagas por empresas exportadoras exportadoras, que repassam os custos aos produtores.
Autoridades do governo disseram que as tarifas podem aumentar a luta contra a inflação sobre os preços, que chegaram a 36% no ano passado e 4% apenas em dezembro. Nos últimos dias, o presidente argentino irritou produtores ao acusá-los de serem dos principais responsáveis pela inflação. Chemes disse, na reunião, que o problema está entre o campo e os revendedores e não propriamente com os produtores.
A Argentina é o maior exportador de óleo e farelo de soja para ração animal. O país é o terceiro maior fornecedor global de milho e está entre os líderes na exportação de trigo.
Por Agência Safras