O governo da França reforçou as medidas para conter o avanço da gripe aviária altamente patogênica (vírus H5N5) que atinge o país, aumentando a região em que deve ser feito abate preventivo de animais no distrito de Landes, que totaliza até o momento 119 focos da doença. Os casos estão concentrados principalmente nos arredores de Chalosse, um território dedicado à produção de patos de engorda.
Em comunicado, o Ministério de Agricultura da França informou que está ampliando de 3 para 5 quilômetros as áreas próximas a locais de infecção, em que as aves devem ser sacrificadas. Os animais selvagens ou criados soltos também deverão ser sacrificados num raio de 4 quilômetros das regiões contaminadas.
“Dada a extrema contagiosidade do vírus, é necessário reduzir drasticamente a densidade das aves nas áreas mais populosas. Para isso, devem ser elevados os abates preventivos em vigor desde 24 de dezembro, que já provocaram a eliminação de mais de 350 mil patos”, informou o governo francês.
De acordo com o governo, foram identificados focos isolados nos departamentos vizinhos dos Altos Pireneus (2 casos), nos Pireneus Atlânticos (2 casos) e Gers (1 caso). Ainda de acordo com as novas determinações do governo, as “zonas de vigilância”, que hoje estão em 10 quilômetros em torno dos focos de gripe aviária, podem ser estendidas até 20 quilômetros, com proibição de saída e entrada de aves (inclusive para repovoamento de granjas que tenham concluído o ciclo de produção).
Essas restrições serão reavaliadas até o fim deste mês, dependendo dos resultados de um novo levantamento epidemiológico. Criadores de aves do distrito de Landes serão compensados em dinheiro pelos animais abatidos; os primeiros pagamentos serão feitos nos próximos dias, diz o governo.
O vírus H5N8, que se espalha atualmente na França e em vários países europeus, afeta exclusivamente aves. Não é transmissível aos humanos por meio do consumo de carne de aves, ovos, ou qualquer subproduto.
Por Estadão Conteúdo