As revisões para baixo na estimativa da produção do milho de segunda safra foram as principais responsáveis pela redução, pelo quarto mês seguido, nas estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a safra de grãos de 2021. Conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de julho, divulgado nesta terça-feira pelo instituto, a segunda safra de milho será de 65,2 milhões de toneladas em 2021, 5,9% abaixo da estimativa de junho.
Na comparação com 2020, a quebra na segunda safra de milho levará a uma produção 15% menor. Na passagem das estimativas de junho para julho, os destaques foram as quedas nas produções previstas para o Paraná (-37,8%), Goiás (-4,9%) e Pernambuco (-17,2%). A primeira safra de milho foi de 26,4 milhões de toneladas, segundo o LSPA de julho. Nesse caso, o IBGE fez um ajuste de 2,4% para cima, na comparação com o LSPA de junho.
No total, a produção de milho deverá somar 91,6 milhões de toneladas em 2021, tombo de 11,3% ante 2020. “Com rendimento médio em queda (-3,4%), a estimativa da produção declinou 3,6% em relação à última informação mensal, totalizando 91,6 milhões de toneladas. Em relação ao ano anterior, a produção deve ser 11,3% menor, embora haja aumentos de 6,6% na área plantada e de 6,5% na área a ser colhida”, resumiu o IBGE, em nota.