A degradação dos solos é um fenômeno que ameaça minar a capacidade de atender, de maneira sustentável, a demanda global por alimentos. Nesse sentido, o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e o Centro de Manejo e Sequestro de Carbono (C-MASC) da Universidade Estatal de Ohio, nos EUA, dirigido pelo professor Rattan Lal, maior autoridade mundial em Ciências do Solo, lançam nesta sexta-feira, 4, a iniciativa “Solos Vivos das Américas”.
A ideia é promover a cooperação técnica com governos, organismos internacionais, universidades, setor privado e organizações da sociedade civil para contribuir para deter processos de degradação da terra e da agricultura que esgotam a matéria orgânica dos solos. A principal causa da degradação do solo nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas da América Latina e do Caribe é a desertificação. Outra causa importante é a perda da biodiversidade e desmatamento.
Esses fenômenos expõem os solos da América Latina e do Caribe à erosão hídrica e à degradação química (salinidade e acidez). Estima-se que aproximadamente 49% dos territórios estão expostos à erosão hídrica e cerca de 56% da terra estão afetadas pela degradação química do solo.
“Precisamos de uma agricultura amigável com a natureza, que melhore a eficiência e restaure a saúde dos solos. A produtividade pode aumentar com uma melhor agricultura. Fechar as lacunas de produção com uma agricultura melhor, com mais saúde dos solos, vai permitir produzir mais com menos”, disse Rattan Lal sobre a iniciativa. O lançamento de “solos Vivos das Américas” será às 12 horas (horário de Brasília), com transmissão pelo Facebook Live e YouTube.
Por Estadão Conteúdo