Incêndio destrói mais de 900 hectares da Fazenda Canchim, da Embrapa

O incêndio que atingiu a Embrapa Pecuária Sudeste, no dia 8 de setembro, queimou mais de 900 hectares da área da fazenda. A taxa de destruição chegou a quatro hectares por minuto, em quatro horas de fogo intenso. Além da área queimada e experimentos de pesquisa afetados, deixou 33 animais mortos e 10 feridos. Mas a reconstrução já começou em várias frentes usando conhecimento e tecnologia.

Segundo o chefe-geral, Alexandre Berndt, a prioridade é reconstruir a fazenda, minimizar os prejuízos para as pesquisas e focar no bem-estar dos animais. “Nós somos uma empresa de cérebros e vamos usar essa inteligência para repensar novas formas de combater os incêndios e reestruturar a fazenda. Atuamos com pecuária intensiva e sustentável para buscar essas soluções”, destacou Berndt.

Para a reconstrução, de acordo com ele, a Embrapa vai aplicar os conhecimentos e expertise para ajustar o uso e ocupação da sua área experimental e torná-la mais eficiente e segura diante das incertezas climáticas. Serão realizadas ações de georreferenciamento, uso de drones para mapeamento de áreas, uso de câmeras termográficas, implantação de sistemas de produção integrados, manejos de pastagens e de rebanhos, além da aplicação de tecnologias que apoiem ações de monitoramento e combate ao incêndio. “Essas medidas visam a antecipação e preparação para combate mais eficiente de incidentes desta natureza. Todo esse processo exigirá sempre o envolvimento e o apoio dos nossos parceiros públicos e privados”, ressalta o chefe-geral.

Recuperação dos animais
O rebanho da Fazenda Canchim é composto por mais de 1800 animais, entre bovinos de leite e corte, ovinos e equinos. A equipe que atuou no combate ao incêndio, manejou esses animais para áreas longe do fogo. No entanto, os brigadistas não conseguiram salvar 33 bezerras desmamadas da raça Canchim (Número atualizado nesta semana). Dez estão sendo cuidadas pelos veterinários da Embrapa, com queimaduras e lesões.