Os danos registrados nas lavouras após duas geadas fortes seguidas, nas madrugadas dos dias 19 e 20, foram significativos em Dourados, no sul de Mato Grosso do Sul. Com a temperatura variando entre 0,5 e 3 graus negativos nesses dois dias, a expectativa é de que a qualidade do milho fique bastante comprometida. Quem informa é a Coperplan.
Conforme o engenheiro-agrônomo Ângelo Ximenes, a região já recebeu cinco geadas neste ano, contando com as registradas no final de junho, e o rendimento médio das lavouras deve ficar ainda aquém dos 2.700 quilos por hectare projetados após a estiagem, que já havia comprometido a safrinha.
Ximenes salienta que as lavouras estão nas fases de maturação (30%) e enchimento de grãos (70%). “Como o clima não ajudou, não foi possível colher em julho. Os trabalhos, que estão bem atrasados, devem iniciar em agosto”, disse.
Conforme Ximenes, diante dos efeitos da geada, a dica para o produtor é que ele antecipe ao máximo a colheita, mesmo que a umidade ainda esteja elevada, para evitar problemas ainda maiores com a formação de carunchos.
O mais recente levantamento de Safras & Mercado indica que o plantio da safrinha de milho em Mato Grosso do Sul ocupou 2,136 milhões de hectares, 12,7% acima dos 1,895 milhão de hectares cultivados na temporada passada. A produção esperada é de 5,383 milhões de toneladas, abaixo dos 11,698 milhões de toneladas colhidos na safrinha 2020. O rendimento médio deve chegar a 2.520 quilos por hectare, abaixo os 4.711 quilos por hectare da segunda safra 2020.
Por Agência Safras