Com a disponibilidade de lavouras com raízes de 2º ciclo cada vez menor e o baixo interesse da maioria dos agricultores em comercializar as mais novas, o que ocorre somente nos casos de liberação de áreas para a soja, a oferta de mandioca para as indústrias de fécula e de farinha continuou abaixo das expectativas nos últimos dias, e o ritmo de processamento caiu novamente.
Segundo colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a demanda por matéria-prima tem sido maior, principalmente por parte das firmas que visam formar algum estoque. Além disso, também já há o planejamento de fim de ano. Estimativas do Cepea apontam que, entre 31 de agosto e 4 de setembro, 42,7 mil toneladas de mandioca devem ter sido processadas pelas fecularias, queda de 2% frente ao que se apurou no período anterior.
A ociosidade industrial teve média semanal de 53,5% da capacidade instalada. Nesse cenário, a maior parte das empresas optou pela manutenção dos preços pagos aos produtores. Entre 31 de agosto e 4 de setembro, a média semanal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 323,82 (R$ 0,5632 por grama de amido na balança hidrostática de 5 quilos), alta de 0,3% frente ao preço médio do período anterior.