Mulheres formam grupo de liderança no Paraná
A Comissão Mulher Cooperativista da Castrolanda, em Castro (PR), tem um compromisso de aumentar a liderança feminina no agronegócio. O Programa de Liderança Feminina no Agronegócio, realizado atualmente em formato online, é um exemplo disso.
A iniciativa tem apoio financeiro do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), com aulas realizadas por videoconferência contando com profissionais de diversas instituições com experiência teórica e prática em gestão, governança, sucessão familiar, legislação, planejamento estratégico, entre outros temas relacionados ao agronegócio.
O analista de Cooperativismo da Castrolanda, William Santos, conta que a iniciativa partiu do princípio de aumentar a diversidade na governança da cooperativa agrícola. “Buscamos formas de proporcionar capacitação para as mulheres de diversas maneiras, e uma delas é ter uma formação mais robusta, com foco em liderança, que envolve a capacidade de gerir o negócio, de se posicionar perante os demais”, diz.
Entre as participantes do programa, está a cooperada Rosilda Finta, que com as aulas, melhorou a organização financeira do seu negócio. “Eu aprendi sobre controle de custos, estoque de insumos, planejamento de produção, registro de informações produtivas e reserva financeira. No primeiro momento, eu não fazia nada disso, o pessoal começava a trabalhar e a gente não tinha controle. A partir do curso, já aprendi a fazer o registro e vi que eu só consigo ter resultados positivos se eu tiver um controle financeiro”, conta Finta.
“Outra aula que eu gostei muito foi sobre inteligência artificial, que é algo fantástico e que eu pretendo trabalhar mais. Acredito que o treinamento está sendo muito produtivo, comigo funcionou muito bem, porque estou usando os conhecimentos no dia a dia do meu negócio e vendo que dá resultado”, acrescenta ela.
Lila Kugler é filha de cooperado e, há um ano, passou a se envolver mais com os negócios da família. Ela conta como o programa tem ajudado na gestão da propriedade. “Para mim, está sendo ótimo, porque eu ainda não havia trabalhado diretamente com lavoura. Agora eu moro na chácara e trabalho na parte financeira, então, estou tendo esse contato mais de perto e aprendendo muita coisa. Dos meus irmãos, eu sou a que a menos tinha conhecimento nessa área, mas estamos trabalhando juntos e, com as explicações do curso, eu consigo visualizar bem melhor o leque para as possibilidades que podemos trabalhar. É uma oportunidade para abrir a área para as mulheres”.
Isabela Nocera também é filha de cooperado e, para ela, o curso traz mais conhecimento sobre temas do seu interesse, como a sucessão familiar. “Cada aula é uma nova visão de diferentes pessoas que entendem como funciona o agronegócio, estamos sempre aprendendo e levando o conhecimento para a propriedade. É um aprendizado muito bom, principalmente para as mulheres, filhas de cooperados, porque nos dá um embasamento para a sucessão familiar. Também gostei muito das aulas sobre tecnologia do campo e finanças. Cada aula faz você pensar sobre como está trabalhando dentro da sua propriedade”.
Sobre a atuação da Comissão Mulher Cooperativista nessas formações, Isabela destacou a importância de fortalecer a participação feminina no agronegócio. “A Comissão da Castrolanda é bem atuante, está sempre realizando atividades diferentes para a Cooperativa e trazendo a mulher para o agronegócio, e não apenas como coadjuvante, mas como protagonista.”