PIB positivo do 1º trimestre faz dólar fechar em queda de 1,47%

A impressão deixada pela divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre de que a economia caminha de vento em popa, atraiu investidores estrangeiros ao Brasil, fazendo com que o dólar comercial  recuasse 1,47% a R$ 5,1460, na menor cotação registra neste ano, ou seja, voltando ao patamar de 2020.

A economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, destaca que o resultado do PIB, com  crescimentos de 1,2% na comparação com o quarto trimestre do ano passado e de 1,0% no confronto anual, reforçou a leitura mais otimista que vinha ganhando espaço nas últimas semanas em relação à atividade econômica.

“Temos um movimento mais otimista com a economia e o mercado está revisando o PIB ao fim do ano, e grandes instituições apostando em um crescimento de 4% a 4,5% em 2021”, comenta, acrescentando que tem tido um fluxo de entrada de investidor estrangeiro na bolsa brasileira (B3) e que reflete na taxa de câmbio. O índice Ibovespa opera nos maiores níveis da história, acima dos 128.177 pontos na sessão.

“Esse fluxo é por conta da perspectiva de melhora da atividade econômica e com investidores de olho também na  possibilidade de taxa de juros [Selic] mais alta por aqui”, ressalta.

No exterior, o ambiente também é mais positivo. Abdelmalack avalia que o cenário está mais controlado para o dólar, após a divisa norte-americana”experimentar” uma valorização mais forte desde o início do ano. “Dada a magnitude da valorização do dólar, sem evento novo, ele fica na lateralidade”, diz.

Apesar do otimismo doméstico, a economista não vê espaço para valorização do real amanhã, véspera de feriado local e com a agenda de indicadores mais esvaziada, com destaque para os números da produção industrial brasileira, em abril.

“Os dados são importantes porque agora vamos ter um termômetro da economia no segundo trimestre. Se vier pior do que o mercado espera, pode trazer alguma repercussão ao mercado. De qualquer forma, sendo véspera de feriado,  vejo pouco espaço para o real seguir recuperando”, comenta.

Por Agência Safras