Santa Catarina reforça segurança contra a peste suína africana

Maior produtor e exportador de carne suína do Brasil, Santa Catarina está intensificando as ações de defesa agropecuária, depois da confirmação do primeiro foco de peste suína africana (PSA) na República Dominicana.  

De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, haverá um reforço na conscientização da população e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) vai promover uma reunião entre suinocultores, médicos veterinários e técnicos que atuam na cadeia produtiva para que todos tenham informações sobre a gravidade da doença e os modos de prevenção.

A Secretaria da Agricultura também vai atualizar as normas que proíbem tanto a alimentação de suínos com restos de alimentos que contenham produtos de origem animal quanto a permanência de suínos em lixões.

As medidas foram acordadas entre o poder público e empresas da iniciativa privada. “Embora a peste suína africana não seja uma doença transmissível para o ser humano, ela prejudica a economia como um todo e nós precisamos proteger a nossa economia. Nós somos guardiões da saúde animal em Santa Catarina e esse é um grande desafio diário”, diz o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Altair Silva.

A República Dominicana registrou o primeiro foco da peste suína africana no continente americano desde a década de 1980. Atualmente, a doença viral altamente transmissível, e com capacidade de dizimar rebanhos inteiros, está presente em aproximadamente 50 países. 

No Brasil, a doença chegou em 1978, no estado do Rio de Janeiro, através de resíduos contaminados de voos internacionais. A última ocorrência de PSA no Brasil foi registrada em 1981 e, desde 1984, o país é livre de peste suína africana.