Soja: área no oeste baiano deve crescer na comparação com o ano passado

O plantio de soja no oeste da Bahia deve ser iniciado em 8 de outubro, após o vazio sanitário que se encerra no dia 7. Segundo o engenheiro agrônomo, Landino Dutkievicz, diretor técnico da Plasteca, a expectativa é de um aumento de área entre 50 e 60 mil hectares em relação aos 1,62 milhão de hectares semeados na safra passada. A projeção, no entanto, ainda não é oficial. A área destinada ao plantio irrigado – que já pode ser iniciado em 1o de outubro – fica em 60 mil hectares.

Conforme o engenheiro agrônomo, a boa demanda e os bons preços favoreceram esse aumento. “O produtor já está negociando soja verde e viabilizando o plantio”, disse. Até o momento, cerca de 35% da safra nova já foi negociada. A comercialização da safra velha atinge 95%. “A cultura segue bastante rentável”, ressalta.

Outro motivo para o crescimento da superfície semeada é a abertura de novas áreas. Cerca de 35 mil hectares devem vir da abertura de área e 25 mil do que seria destinado ao algodão. “O produtor está bem capitalizado, o que viabiliza esse aumento. O pessoal vem de três safras boas”, diz.

Além do alto investimento na cultura, Dutkievicz enaltece o conhecimento dos produtores. “Algumas áreas têm 40 anos de plantio de soja, além de tudo, o perfil de fertilidade do solo é muito bom”, lembrou. De um modo geral, os preparos do solo ocorrem dentro da normalidade. “A Bahia está com 80% dos produtores prontos para plantar soja. Todos estes já têm suas sementes e seus fertilizantes”.

Apesar da ocorrência do La Niña trazer chuvas acima da média para o nordeste, a meteorologia indica chuvas irregulares para setembro e outubro. O engenheiro agrônomo lembra, no entanto, que apenas 10% da área deve ser semeada em outubro. “O forte dos trabalhos é novembro, com cerca de 60%. O restante deve ficar para dezembro”.

Quanto à aquisição de crédito, ele disse que, de um modo geral, os produtores estão bem, apesar de muita gente estar em recuperação judicial. “Não vai ficar ninguém sem plantar por falta de crédito. Pode haver uma lavoura mais cara, por ter que se sujeitar a condições menos favoráveis”, explica.

Por Agência Safras