Soja: Chicago tem dia de queda com boas condições das lavouras nos EUA

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais baixos. Os operadores deram prosseguimento ao movimento de realização de lucros deflagrado na segunda, 8, em meio às boas condições das lavouras americanas e aguardando os números de quinta do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).  

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou ontem dados sobre as condições das lavouras americanas de soja. Segundo o USDA, até 7 de junho, 72% estavam entre boas e excelentes condições, 24% em situação regular e 4% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 70%, 26% e 4%, respectivamente.

Os investidores também se posicionam frente ao relatório de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na quinta. 

O USDA deverá elevar a sua estimativa para a safra de soja dos Estados Unidos em 2020/21. Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em safra de 4,152 bilhões de bushels. Em maio, o número era de 4,125 bilhões. Na temporada passada, a safra ficou em 3,558 bilhões de bushels. 

Para os estoques de passagem, a aposta é de 459 milhões de bushels para 2020/21. Em maio, o número ficou em 405 milhões. Para 2019/20, o USDA deverá elevar sua previsão e 580 milhões para 584 milhões de bushels.  

A previsão para os estoques finais globais em 2020/21 é de 100,1 milhões de toneladas, contra 98,4 milhões projetados no mês passado. Para 2019/20, o USDA deverá manter a estimativa em 100,3 milhões de toneladas.  

A safra brasileira em 2019/20 deverá ter sua previsão cortada de 124 milhões para 123 milhões de toneladas. A produção da Argentina deverá ter projeção reduzida de 51 milhões para 50,8 milhões de toneladas. 

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 1,50 centavo ou 0,17% em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,63 1/4 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 8,66 por bushel, com perda de 1,50 centavo ou 0,17%. 

Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 1,30 ou 0,45% a US$ 287,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 28,23 centavos de dólar, alta de 0,13 centavo ou 0,46% na comparação com o fechamento anterior.

Por Agência Safras