A China, maior importadora mundial de soja, pode enfrentar problemas de falta de oferta no quarto trimestre de 2020 em meio às tensões com os Estados Unidos. Segundo analistas, a redução dos estoques do Brasil também são uma questão a ser observada.
O país asiático processa mais de 80% dos grãos importados para ração animal, a fim de atender à demanda interna pela produção de carne. Em 2020/21, as importações de soja chinesa devem chegar a 96 milhões de toneladas, sendo 93 milhões esmagadas no mercado interno. Os volumes são 4$ e 7,5% superiores ano a ano. O setor de proteína animal do país busca repor seus rebanhos após a epidemia de febre suína africana em 2020.
A indústria de esmagamento da China depende fortemente do Brasil e dos EUA, comprando em média 60% e 30% de suas importações de cada país, respectivamente. Após a comercialização da safra brasileira no primeiro semestre, o país asiático deve depender bastante do produto norte-americano.
Por Agência Safras