Em meio à pandemia de coronavírus, o dólar se mantém em patamar recorde, operando acima de R$ 5 desde 16 de março. Esse cenário, que eleva a atratividade de commodities brasileiras, e a paralisação dos trabalhos em portos da Argentina – concorrente do país nas exportações de soja e derivados – intensificaram o ritmo dos embarques nacionais do grão.
Assim, atentos ao produto barato e abundante, novos compradores internacionais direcionaram suas aquisições ao Brasil. Como consequência, a soja em grão tem sido negociada acima de R$ 100 por saca em Paranaguá (PR) desde o início da semana anterior, recorde nominal da série histórica do Cepea, iniciada em março de 2006.
Entre 27 de março e 3 de abril, o indicador Esalq/BM&FBovespa da soja Paranaguá subiu 2,69%, a R$ 101,48 por saca na sexta-feira, 3. O indicador Cepea/Esalq Paraná também atingiu na sexta-feira recorde nominal da série do Cepea, iniciada em julho de 1997, a R$ 94,45, 3,1% superior ao do dia 27 de março.