Os técnicos consultados pela Bolsa de Valores de Rosário (BCR) concordam que, de hoje até o final de maio, deve chover 200 milímetros (mm) para que seja possível semear o trigo para 2022/23 na Argentina. Com o “La Niña” se estendendo com 77% de probabilidade até março-maio de 2022 e uma transição para a neutralidade com 56% de probabilidade durante maio-julho de 2022, a Argentina não tem as melhores cartas em mãos para receber a água necessária para plantar 7 milhões hectares desta vez.
“Os produtores estão preocupados com essa campanha em que ainda falta água e certamente não sabem como os lotes vão se comportar. Por isso, dizem que só depois que os números finais dessa campanha estiverem possam avaliar a viabilidade econômica de enfrentar uma cultura ou outra”, indicam no último Guia Estratégico da Agricultura.
Os assessores ressaltam que a outra variável definidora será a água disponível nos perfis no plantio, além dos preços dos insumos ou cereais. “Se não houver chuvas que recarreguem o solo, não vamos plantar.” No próximo ciclo, haverá muitas decepções e dívidas por produtividades que ficarão entre 20% e 70% do que foi planejado no plantio.
Agência Safras