As vendas de máquinas agrícolas, entre tratores e colheitadeiras, ficaram em 5,2 mil unidades em julho, repetindo o volume de junho, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira, 2, pela Fenabrave, associação que, além das concessionárias de automóveis, representa revendedores de equipamentos usados no campo.
Como não se trata de emplacamentos, que podem ser atualizados diariamente, as estatísticas de máquinas agrícolas têm defasagem em relação ao balanço das vendas de carros, cujos resultados divulgados hoje pela Fenabrave são relativos a agosto.
Frente a julho de 2020, as vendas de tratores e colheitadeiras tiveram alta de 17,5%, levando o crescimento de volume acumulado nos sete primeiros meses do ano para 30,8%, num total de 30,7 mil unidades. De acordo com o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, a demanda por equipamentos agrícolas, alimentada pelo recorde na safra de grãos, segue forte. Porém, restrições de produção impedem recuperação mais firme. O principal motivo é que as fábricas não conseguem acelerar a produção por falta de componentes eletrônicos, dada a escassez global de chips.
“Como falamos de máquinas altamente tecnológicas, com muitos recursos computadorizados, a crise dos semicondutores impacta bastante a produção, tanto que alguns modelos devem ser entregues apenas em 2022”, comenta Alarico.
Por Estadão Conteúdo