O dólar comercial segue em queda frente ao real e renova mínimas sucessivas a R$ 4,91, após o contrato futuro para julho oscilar com sinal positivo acompanhando as moedas de países emergentes e ligadas às commodities que passaram a se desvalorizar frente à moeda norte-americana com a queda nos preços do petróleo. No cenário doméstico, investidores continuam otimistas.
“A moeda reduziu a queda e o futuro voltou a oscilar acompanhando as moedas emergentes que inverteram o sinal ante o dólar seguindo a virada do petróleo que passou a cair mais de 3%”, comenta o diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik.
Os preços dos contratos futuros de petróleo passaram a cair depois que a Arábia Saudita anunciou à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) que estenderia os cortes de quase 10% da produção total da commodity no mundo por mais um mês, até o fim de julho. O preço do contrato do WTI recuava mais de 3%, acima dos US$ 38 o barril.
Ele acrescenta que, no mercado doméstico, teve um movimento de correção técnica após a moeda ter ido às mínimas de R$ 4,92 no início dos negócios. “Isso chamou compra de importadores e de tesouraria de bancos. Ainda assim, seguimos com o viés positivo com tendência de moeda ainda em queda. Mas claro, teremos altas pontuais com ajustes e até uma volta ao patamar de R$ 5 com alguma notícia ruim”, avalia.
Lá fora, investidores ainda reagem positivamente aos dados do mercado de trabalho norte-americano, o payroll, divulgados na sexta-feira com dados melhores do que o esperado, ressalta a equipe econômica do Bradesco.
“Os negócios ganharam impulso adicional após a divulgação do PIB [Produto Interno Bruto] do Japão e com os dados da balança comercial chinesa, que vieram melhor do que o esperado”, comentam. A economia japonesa recuou 0,6% no primeiro trimestre do ano, acima da versão preliminar que registrou queda de 0,9%.
Às 12h16, o dólar à vista operava em queda de 1,46%, negociado a R$ 4,9130 para venda, nas mínimas da sessão, após atingir a máxima de R$ 4,9780 (-0,16%). O contrato futuro para julho tinha queda de 1,19%, a R$ 4,9150, depois de oscilar em alta acima de R$ 4,98. Lá fora, o
Dollar Index caía 0,23%, aos 96,716 pontos. As principais moedas de países emergentes oscilam em alta ante o dólar.
Por Agência Safras