No Rio Grande do Sul, destaque para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2022. Mesmo com o avanço da agropecuária acima de 40% no período, a alta ainda é menor do que os números registrados no mesmo período de 2021. Isso por causa da estiagem que segue impactando a economia gaúcha.
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Levantamento feito pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE-RS)mostra que de julho a setembro do ano passado, as riquezas do Rio Grande do Sul cresceram 1,3%. Contudo, houve recuo de 2,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Esse resultado tem bastante influência da agropecuária, que responde por um terço das riquezas geradas no estado e que avançou 41,8%. Enquanto isso, setores como indústria e serviços cresceram na casa de 1%.
“O terceiro tri é diferente dos outros. Primeiro porque a estiagem no Rio Grande do Sul se concentra nos meses de verão e impacta o primeiro e segundo trimestres, pegando as culturas de soja, milho e fumo, que são as mais impactadas”, afirma o chefe da divisão de análise econômica do DEE-RS, Martinho Lazzari.
“É normal que em um ano de seca o terceiro trimestre venha com crescimento porque é um trimestre já com ausência dos efeitos da falta de chuva comparado com o segundo que é o período mais importante onde se colhe a soja no estado e que o impacto da estiagem é muito grande”, prosseguiu o profissional do DEE-RS.
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Queda do PIB gaúcho até setembro
Na parcial do ano passado, de janeiro a setembro de 2022, o Rio Grande do Sul teve queda de 6,6% no PIB. No mesmo período, a economia do país teve alta de 3,2%. A agropecuária gaucha teve baixa de mais de 50% na soma desses nove meses.
No começo de ciclo da safra 2022/23, conforme o Canal Rural RS vem acompanhando, é a terceira safra com impactos de estiagem. Além do milho, alguns produtores de soja estão encontrando dificuldade no semeio, na germinação e no desenvolvimento da cultura.
“A gente espera uma melhora, uma compensação no quarto trimestre, pela colheita do trigo que está com aumento de produção e deve ajudar. Assim, a queda que até setembro é de 6,6% provavelmente diminua no fechamento do ano, mas ainda vai ser bastante negativa a variação do PIB do estado em 2022”, estima Lazzari.
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