O clima seco tem provocado danos ao Rio Grande do Sul. Além de ter 272 municípios em situação de emergência em decorrência da estiagem que persiste desde dezembro do ano passado, o estado enfrenta série de incêndios em vegetações. Somente nesta primeira quinzena de fevereiro, três focos foram combatidos pelo Corpo de Bombeiros.
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O primeiro registro do tipo relatado pela corporação neste mês foi feito no último dia 6. No caso, mais de 50 agentes foram escalados para ajudar no combate a um incêndio de grandes proporções em Pedras Altas, município do sudeste gaúcho. O trabalho não foi simples. Isso porque brigadistas de empresas atuantes na região ajudaram na ação. Mesmo assim, o fogo só foi controlado “após dois dias de intenso combate”.
“Foram utilizados, dentre outros equipamentos, caminhões Auto Bomba Tanque e viaturas com kit guarany (veículo específico para combate a incêndios em vegetação). Igualmente, foram abertos aceiros que possibilitaram o controle dos focos do incêndio”, informou, em nota, o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul (CBMRS), que compartilhou vídeo em que mostra como ficou a vegetação atingida pelas chamas.
Fogo no oeste e sul do Rio Grande do Sul
Na fronteira do Brasil com a Argentina, São Borja, no oeste do Rio Grande do Sul, também entrou para a lista de incêndios em vegetações deste mês. De acordo com a equipe do CBMRS, o fogo começou a ser combatido no dia 8 — com o êxito da ação sendo sacramentada no dia seguinte. A ocorrência, segundo a corporação, contou com um agravante: o local do foco de incêndio.
“[Utilizou-se] técnicas de combate a incêndio florestal, consistentes em realização de aceiros com tratores, arados e dragas, confinando, assim, os focos de incêndio”, informou a equipe de comunicação do Corpo de Bombeiros. “Por ser de difícil acesso o local do combate, os bombeiros militares utilizaram diversos equipamentos, dentre eles o kit guarany, bombas costais, abafadores e assopradores.”
Santana do Livramento, no extremo sul gaúcho, registrou incêndio de grandes proporções no dia 11 de fevereiro. No caso, o fogo consumiu cerca de 1,2 mil hectares de vegetação da região — na fronteira do Brasil com o Uruguai. Para a ação, bombeiros de três diferentes pelotões trabalharam. Além disso, a situação foi controlada com o uso três caminhões Auto Bomba Tanque (ABT) e três caminhonetes equipadas com kit guarany (equipamento específico para combate a incêndio florestal).
“Foram nove horas de combate até a extinção total dos focos de incêndio. Houve uma perda material – um galpão em que se mantinham cavalos. Mas a residência foi salva pelo trabalho [da equipe], que foi muito bem desenvolvido.”, afirmou o capitão Vitor Mateus Ritta Bianchi, do 10º Batalhão de Bombeiro Militar do Rio Grande do Sul, a respeito do incêndio de Santana do Livramento. “O restante dos animais – ovelhas, bovinos, equinos e suínos – foram salvos pelo trabalho bem feito e prolongado dos bombeiros militares.”
Dicas para evitar incêndios em vegetações
As ocorrências deste mês não são novidades para o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul. Em comunicado, a corporação informa que combateu mais de 2 mil focos de incêndio no estado em janeiro. Diante disso, o 1º tenente Silveira, do 1º Batalhão de Bombeiro Militar, apresenta, em postagem no Instagram, dicas sobre o que fazer — e o que não fazer — para se evitar a proliferação de incêndios em vegetações.
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Fonte: Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul (CBMRS).
Editado por: Anderson Scardoelli, editor de online do Canal Rural em São Paulo.
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