FISCALIZAÇÃO

Força-tarefa retira 2 mil cabeças de gado ilegais no sudoeste do Pará

A operação Eraha Tapiro contou com o apoio da Força Nacional, Ibama, Agência de Defesa Agropecuária do Pará e Polícia Federal

GADO NO PARÁ
Rebanho bovino ilegal na Terra Indígena (TI) Ituna-Itatá, no sudoeste do Pará | Foto: divulgação Ibama

Aproximadamente duas mil cabeças de gado que estavam na Terra Indígena (TI) Ituna-Itatá, no sudoeste do Pará, foram retiradas do local e doadas para o município de Curralinho, localizado na Ilha de Marajó. A ação faz parte da Operação Eraha Tapiro, e teve o apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai); da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará); da Força Nacional de Segurança; da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Segundo o Ibama, o rebanho estava de forma irregular na terra indígena. “Eraha Tapiro” significa “levar boi” na língua Assurini do Xingu. A operação, iniciada em agosto de 2023, tem como objetivo conter crimes ambientais, combater o desmatamento, mitigar a degradação da área e proteger indígenas isolados, além de auxiliar na localização desses povos.

A TI Ituna-Itatá, localizada entre os municípios de Altamira e Senador José Porfírio, sofreu graves impactos ambientais devido à invasão e ao desmatamento, chegando a ser uma das terras indígenas mais desmatadas entre 2018 e 2021. A região foi marcada por conflitos e ameaças decorrentes dessas ações.

Os responsáveis pelos danos ambientais foram autuados e responderão administrativamente pelos crimes. A doação dos animais busca beneficiar a comunidade de Curralinho, na Ilha de Marajó.