O cantor Leonardo, conhecido por sua longa carreira musical, foi incluído na “lista suja” de empregadores que submetem trabalhadores a condições análogas à escravidão, divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O caso ocorreu em uma área arrendada de sua propriedade, na Fazenda Lakanka, em Jussara, Goiás. A inclusão de seu nome gerou grande repercussão e críticas.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Leonardo expressou sua surpresa e tristeza com a situação, afirmando que jamais compactuaria com tais práticas.
“Eu estou aqui, confesso a vocês que estou surpreso e muito triste por meu nome estar sendo vinculado a isso. Eu rendi [arrendei] a fazenda para que o arrendatário plantasse o que ele quisesse, seja soja ou milho, e não tenho conhecimento de quem eram os funcionários mencionados. Nunca os vi e não sei quem os colocou lá”, declarou o cantor.
A fiscalização, realizada em novembro de 2023, encontrou seis trabalhadores, incluindo um adolescente, em condições insalubres e degradantes, dormindo em uma casa abandonada sem água potável ou banheiros. No entanto, Leonardo ressaltou que o arrendatário é o responsável pela contratação e supervisão dos funcionários, e não ele. Segundo o advogado do cantor, Paulo Vaz, todas as indenizações foram pagas e os processos estão arquivados.
Em sua defesa, Leonardo enfatizou sua aversão a qualquer forma de exploração de trabalhadores. “Jamais faria isso. Sou totalmente contra o trabalho escravo. O Brasil me conhece e sabe da pessoa que eu sou. Esse caso foi resolvido, a multa foi paga, e eu não me misturo com esse tipo de coisa”, finalizou o artista.
A Fazenda Talismã, propriedade do cantor, é avaliada em R$ 60 milhões e conta com infraestrutura de luxo. Contudo, o local em que as irregularidades foram encontradas era uma área arrendada, o que, segundo Leonardo, o isenta de responsabilidade direta na gestão dos trabalhadores.