As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York operaram em queda no pregão desta segunda-feira, 20, depois de um salto na última sexta-feira, 17. Esse cenário de oscilação é provocado pelos apertados estoques e pelas incertezas sobre uma possível segunda onda de contaminação do novo coronavírus.
O analista de mercado Eduardo Carvalhaes afirma que o grão já tem tradicionalmente oscilações rápidas e fortes nas bolsas, mas agora com o coronavírus e mudanças no consumo, fica ainda mais incerto.
Apesar do medo de uma segunda onda da doença, segundo ele, o resultado da reabertura do mercado na Europa indica que o consumo tende a responder rapidamente à volta à normalidade.
Nesta safra de alto ciclo, está prevista a exportação de 93 milhões de sacas, liquidando praticamente toda a colheita. “Não acreditamos em quedas muito altas. É difícil enxergar o que vai acontecer, mas o mundo precisa cada vez mais do café brasileiro”, comenta.
Além de se preocupar com a pandemia, o analista recomenda ao produtor brasileiro ficar de olho no clima. Apesar do alerta, ele garante que os concorrentes brasileiros têm problemas climáticos mais sérios e a tendência é que o Brasil avance na parcela de mercado deles.