As cápsulas transformaram a maneira de beber café. Os grãos utilizados na fabricação da monodose precisam ser de qualidade porque a embalagem potencializa ao extremo suas qualidades ou defeitos, conta o coordenador de técnico da Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), Edson Guerreiro
No Brasil, a novidade chegou em 2006 e se popularizou em 2013. Foi nessa época que o produtor de café Leocarlos Mundim começou a destinar sua produção para o segmento. A mudança trouxe rentabilidade: só em 2019, ele recebeu R$ 50 reais a mais por saca. “É um bom prêmio, ajuda muito e melhora a nossa renda”, diz.
A expectativa é de crescimento com a abertura de pequenas empresas especializadas. “Precisamos achar o ponto de equilíbrio entre a pequena produção e os custos, e isso é difícil. Mas vejo que podem surgir ramos como na cerveja, onde pequenas empresas cervejeiras com alta qualidade conseguem ter valor agregado”, frisa Guerreiro.
O mercado se renovou com a chegada das cápsulas de alumínio, que são mais sustentáveis e devem substituir as de plástico nos próximos anos. “As pessoas têm que tirar esse alumínio, separar o plástico e reciclar separadamente, e isso dificulta muito. Ela é 100% reciclável, mas com essa separação manual, as pessoas acabam não reciclando”, afirma a diretora da Café Utam, Ana Carolina Soares de Carvalho.