A Colômbia entra no mapa agrícola mundial como o segundo maior exportador de flores. Em 2016, o país embolsou US$ 1,3 bilhão com o produto, ou 4% de tudo o que exportou. Faturou bem mais com o café, do qual é o terceiro maior exportador mundial. Foram US$ 2,7 bilhões, ou 7% do total arrecadado com vendas pelo país.
Sem grande destaque no catálogo de exportações da Colômbia, mas com produção suficiente para atender a demanda interna, o país produz arroz, banana, cana-de-açúcar, hortaliças, milho, cacau, fumo e algodão.
Graças a seu litoral banhado pelo Pacífico e pelo Mar do Caribe, o país é grande produtor de camarões (voltaremos a falar de Camarões mais abaixo). Segundo a Autoridade Nacional de Aquicultura e Pesca da Colômbia (Aunap), os pescadores locais conseguem trazer nas redes 40 toneladas do crustáceo por dia.
Em suas várias planícies, os colombianos praticam uma pecuária eficaz, que mantém o país autossuficiente em proteína animal e produtos lácteos. Em seus pastos e granjas, são criados bovinos, caprinos, equinos, suínos e aves.
Há, todavia, uma liderança mundial agrícola da qual a Colômbia não se orgulha. O país é aquele que mais recebe e processa folhas de coca, produzidas localmente ou vindas de plantações no Peru, Bolívia e Equador. Isso faz do país o maior fornecedor da cocaína que chega aos Estados Unidos. Segundo estimativas policiais, o narcotráfico movimenta cerca de US$ 6 bilhões ao ano.
Há muito o que apertar nos laços comerciais que unem Brasil e Colômbia. Embora seja a terceira maior economia da região, o país ocupa apenas a sétima posição entre os parceiros comerciais do Brasil. Segundo o Ministério do Comércio Exterior Brasileiro, de janeiro a maio deste ano, os colombianos gastaram US$ 1,1 bilhão em produtos brasileiros e venderam US$ 729 milhões.
Os principais produtos adquiridos pelos colombianos foram automóveis, aviões, laminados e artigos manufaturados. Na mão contrária, o Brasil comprou majoritariamente hulhas, coques, policloreto de vinila e polímeros.
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No futebol
A Copa da Rússia é a sexta de que a Colômbia participa. Sua melhor colocação foi o quinto lugar na Copa de 2014, realizada no Brasil. A seleção colombiana foi desclassificada ao perder nas quartas de final para o próprio Brasil por 2 a 1. Esse jogo entrou para a história por duas razões: a joelhada de Zúñiga nas costas de Neymar, que o tirou do resto da Copa, e por ter sido a última partida brasileira antes dos fatídicos 7 a 1 para a Alemanha.
Nos demais mundiais de que participou, a Colômbia ficou em 14º (1962, no Chile), 16º (1990, na Itália), 18º (1994, nos EUA) e 21º (1998, na França).
Em sua trajetória pela Copa do Mundo, a seleção colombiana se fez notar por dois erros trágicos. A primeira delas foi protagonizada pelo folclórico goleiro René Higuita na Copa da Itália, em 1990. Aos 4 minutos da prorrogação contra Camarões, o goleiro resolveu sair jogando com os pés diante de Roger Milla, o craque camaronês. Higuita perdeu a bola, e o atacante não perdoou. Fez o gol que mandou a Colômbia de volta pra casa.
Quatro anos depois, nos EUA, os colombianos enfrentaram os donos da casa. Ao tentar cortar um lançamento, o zagueiro Andrés Escobar acabou empurrando a bola contra as próprias redes. A Colômbia perdeu por 2 a 1. Já havia sido derrotada pela Romênia por 3 a 1. Na última rodada da fase de grupos bateu a Suíça por 2 a 0, mas a vitória não livrou o país da eliminação precoce. Foi o adeus da maior geração de craques formada em terras colombianas. O time contava com estrelas como Carlos Valderrama, Freddy Rincón e Faustino Asprilla.
Adeus mais doloroso estava reservado para Escobar, o zagueiro que fez o gol contra. Menos de uma semana após a volta da seleção a Bogotá, o jogador foi abordado por três homens e uma mulher. Segundo testemunhas, uma discussão sobre o gol contra teve início. Na sequência, Escobar foi abatido com 12 tiros. Até hoje ninguém foi preso. O zagueiro tinha 27 anos, estava noivo e de malas prontas para jogar no italiano Milan, que o havia contratado antes da Copa.
Para a Copa da Rússia, os colombianos apostam no talento de uma geração que ganhou experiência longe de casa. Bem conhecidos dos brasileiros são o centroavante Miguel Borja e o zagueiro Yerry Mina. O primeiro ainda é jogador do Palmeiras, o segundo hoje defende o Barcelona, depois de passagem pelo clube paulista.
Outros destaques são o goleiro David Ospina, do Arsenal; o zagueiro Davinson Sánchez, do Tottenham; os meio-campistas James Rodríguez, do Bayern de Munique, e Juan Cuadrado, da Juventus; e dos atacantes Falcao García, do Monaco, e Carlos Bacca, do Villarreal.