No dia 22 de julho, às 9h, você acompanha através do Canal Rural a Abertura Nacional da Colheita do Milho 2021. As máquinas vão entrar em campo para marcar a largada da colheita, diretamente de Primavera do Leste, Mato Grosso. Durante a transmissão serão debatidos temas como mercado, armazenagem e políticas de crédito.
Um dos convidados do evento, o analista da Céleres Consultoria Anderson Galvão aponta que a produção de milho nesta safra de inverno está apertada, devido às dificuldades climáticas. “Ainda no ano passado estimamos para esta safra de inverno a produção de 86 milhões de toneladas de milho. Contudo, com os desafios de clima, janelas de plantio, seca, geadas, vai ser uma produção que dificilmente passará da barreira de 60 milhões de toneladas. Consequentemente, a disponibilidade remanescente de 2021 até a entrada do milho verão em janeiro de 2022 está marcado com um inverno bastante apertado”, pontua.
Em relação ás exportações do grão, o analista ressalta que boa parte do volume produzido foi para o consumo do mercado interno. “Em uma situação de sobra de mercadoria, é desejável que ela escoe para o mercado externo. Este ano, em especial por conta da quebra de safra e um mercado aquecido, a exportação acaba devolvendo milho para o mercado interno no começo do ano, quando se falava de uma safra potencial de 85 milhões de toneladas, esperando uma exportação de 40 milhões de toneladas. Agora a expectativa para exportação é de no máximo 20 milhões de toneladas”, pondera.
Galvão ainda conta que o setor de proteína animal foi o que mais enfrentou dificuldades com as altas dos grãos. “O grande desafio sem dúvida alguma é para o setor da proteína animal: aves, suínos, ovos e leite. Esses setores, que sofrem com os preços altos do milho, pois a transferência do aumento de custo é automática para o consumidor, o que impacta a inflação. Quem sente os impactos é a cadeia de proteína animal”, conclui.