A guerra comercial entre China e Estados Unidos permanece no foco do mercado de milho nesta semana. Entre declarações negativas e tentativas de entendimento, os governos dos países parecem estar se aproximando do que chamam de “fase 1” do acordo.
No Brasil, a menor presença do consumidor no interior paulista leva a um quadro de deterioração dos futuros de milho, no entanto esse quadro é provisório. Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Fernando Henrique Iglesias:
- O mercado permanece focado na Guerra Comercial entre EUA e China, avaliando o andamento das tratativas no decorrer da semana, agora com um posicionamento chinês em relação à conclusão de um acordo mediante a remoção das tarifas, situação que o Estados Unidos descarta;
- As indicações no geral permanecem contraditórias, com o presidente norte-americano, Donald Trump, ainda apontando para uma evolução satisfatória das tratativas;
- Outro sinal de boa vontade foi apresentado pela China no decorrer da sexta-feira, de acordo com a imprensa especializada teve início o processo de isenção de tarifas punitivas para a carne suína e a soja norte-americana;
- O mercado também repercutiu o Survey que foi divulgado no decorrer da semana, de acordo com analistas e consultorias privadas o USDA deve posicionar os estoques finais em 1.859 bilhão de bushels, em novembro o USDA divulgou 1.910 bilhão de bushels. Para os estoques globais 19/20 o mercado espera 295,6 milhões de toneladas, contra as 296 milhões de toneladas indicadas em novembro;
- O ritmo de negociações no decorrer da semana permanece cadenciado no disponível, com os consumidores em diversos estados ainda encontrando dificuldade na composição de seus estoques;
- A maior morosidade logística no decorrer da segunda quinzena do mês acentua a necessidade de compra neste momento. A decisão de venda do produtor segue como um fator determinante;
- No mercado paulista o cenário é diferente. A oferta permanece retraída, no entanto, a presença dos consumidores diminuiu no decorrer da semana, com um menor ímpeto de compra. A indicação de oferta na região da Sorocabana cedeu para R$ 44/45. O referencial Campinas foi posicionado a R$ 48,50 CIF;
- A menor presença do consumidor no interior paulista leva a um quadro de deterioração dos futuros de milho, no entanto esse quadro é provisório. Uma vez, que a dificuldade logística a partir da segunda quinzena de dezembro remete a um maior ímpeto de compra na virada de ano. Além disso, os problemas climáticos durante o segundo semestre remetem a um quadro complicado para a safra verão, também deve ser considerada as dificuldades logísticas causadas pela necessidade em escoar a soja nesse período.
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