Mais Milho

Veja o que pode mexer com o mercado de milho nesta semana

Guerra comercial e situação das lavouras pressionam os preços tanto no mercado futuro como físico

milho
Foto: Município de
Dionísio Cerqueira-SC

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Fernando Henrique Iglesias.

  • Ao longo da semana, o mercado esteve centrado na deterioração das tratativas entre Estados Unidos e China, a chance de acordo diminuiu consideravelmente, à medida que os EUA aumentaram as tarifas de 10% para 25% nesta sexta-feira. A China promete retaliar;
  •  Outro foco de atenção do mercado foi o relatório de Oferta e Demanda divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos ao longo do dia;
  •  Os Estados Unidos deverão colher 15,030 bilhões de bushels na temporada 2019/20. A produtividade média foi indicada 176 em bushels por acre. A área a ser plantada foi estimada em 92,8 milhões de acres e a área a ser colhida em 85,4 milhões de acres;
  • O USDA previu que os estoques finais de passagem da safra 2019/20 ficarão em 2,485 bilhões de bushels, ante os 2,142 bilhões de bushels esperados pelo mercado;

  • As exportações foram indicadas em 2,275 bilhões de bushels. O uso de milho para a produção de etanol foi indicado em 5,500 bilhões de bushels. O USDA previu que os estoques finais de passagem da safra 2018/19 ficarão em 2,095 bilhões de bushels, ante os 2,061 bilhões de bushels esperados pelo mercado e acima dos 2,035 bilhões de bushels indicados em abril.

  • No mercado doméstico, há poucas novidades, a pressão de queda é constante à medida que a colheita da safrinha se aproxima;
  • Os consumidores não encontram dificuldades para compor seus estoques, e exercem pressão sobre o mercado;
  • Em linhas gerais, o mercado brasileiro se ressente de fatores consistentes de alta, restando como elemento de alta algum problema climático de maior  gravidade no Meio-Oeste norte-americano, além de um eventual descolamento  cambial que amplie os embarques de milho de maneira agressiva. Reiterando que  ainda não há indícios que alguma dessas situações se confirme;
  • No Oeste do Paraná, a relatos de negociações concretizadas a R$ 29;

  • Enquanto isso, as indicações no porto também cederam, com compradores posicionados entre os meses de julho e agosto a R$ 34.