A notícia de que o preço da soja bateu os R$ 100 no porto de Rio Grande e quebrou recordes causou alvoroço nesta semana. Segundo a consultoria Safras & Mercado, essa alta no mercado doméstico foi impulsionada não só pela valorização do dólar, que bateu R$ 5,20, mas também por três altas seguidas das cotações na Bolsa de Chicago, todas acima de 1%.
Com isso a movimentação ganhou força em algumas praças do país e os produtores se aproveitaram da situação e negociaram mais.
Confira a seguir a análise da Safras & Mercado:
- A saca de 60 quilos subiu de forma generalizada no país. O destaque foi o desempenho no Porto de Rio Grande, quando a cotação bateu em R$ 100 no mercado disponível e a R$ 102 na venda futura para julho/agosto;.
- A elevação está ancorada, principalmente, na alta do dólar frente ao real. A moeda americana rompeu a barreira de R$ 5,20 durante a semana, maior patamar da história. Após refrear a alta na segunda parte da semana, o dólar se manteve acima de R$ 5;.
- Para completar, os contratos futuros em Chicago reagiram na parte final da semana, em meio a perspectiva de maior demanda pela soja americana. A posição maio operou a US$ 8,57 na sexta pela manhã. Os prêmios também subiram nos portos.
- Para a próxima semana, as atenções dos investidores deverão seguir voltadas para a pandemia do coronavírus e seu impacto sobre a economia mundial. A soja em Chicago tem acompanhado de pertos os movimentos do mercado financeiro e nos próximos dias a situação não deverá ser diferente.
- Os trabalhos de colheita na América do Sul também merecem atenção redobrada, com a avaliação do impacto da estiagem sobre a produção do Brasil e da Argentina.