Por enquanto, as previsões do tempo para o Matopiba não favorecem o plantio da soja antes de dezembro em boa parte dos estados. Alguns municípios até podem registrar algumas chuvas isoladas antes disso, mas com baixos volumes e períodos de seca com mais de 20 dias logo após.
Para ajudar na tarefa de se programar para o plantio e, considerando as diferenças entre a parte sul e norte dos estados do Matopiba (que inclusive possuem períodos de vazio sanitário diferentes), separamos dois municípios por estado (um no norte e outro mais no sul).
Segundo a meteorologista da Somar Heloísa Pereira, em novembro os modelos de previsão indicam que as chuvas começam a retornar ao Matopiba.
“Esse é de fato o mês onde as instabilidades associadas a circulação geral da atmosfera começam a retornar para a região. As primeiras chuvas ocorrem ainda de forma bem irregular, com acumulados inferiores a 10 mm na maior parte das áreas produtoras de soja na primeira quinzena de novembro”, afirma.
Na segunda quinzena do mês, o centro e sul do Tocantins e o oeste da Bahia já devem registrar chuvas com maiores acumulados, ideais para a agricultura. “Os acumulados variam de 50 a 100 mm”, diz Heloísa.
A meteorologista destaca que em dezembro a chuva conseguirá avançar para a parte norte dos estados do Matopiba, alcançando as áreas produtoras entre o interior do Piauí e Maranhão, com volumes em torno de 50 a 100 mm. “A segunda quinzena de dezembro também segue com chuvas mais expressivas entre Maranhão, norte do Tocantins e leste do Piauí”, afirma Heloísa.
Solo
Segundo o meteorologista do INMET Marcelo Schneider, os solos das áreas de soja do Matopiba estão bastante secos no momento e chuvas inferiores a 100 mm podem não ser suficientes para viabilizar o plantio da soja.
“No sul e oeste da região é mais provável ter alguns eventos de chuva antes. Mas em geral, as chuvas serão de normal a um pouco abaixo da média, sendo que as áreas mais preocupantes são entre a divisa do Maranhão e Piauí”, afirma ele.
Confira o mapa abaixo de umidade do solo: