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MS: produtor terá que replantar soja por seca e excesso de chuvas

Em uma distância de apenas 120 quilômetros, duas realidades: enquanto uma fazenda enfrenta a maior seca de sua história, na outra o volume de chuvas acabou com 800 hectares recém plantados

Faz um tempo que os produtores de soja de Mato Grosso do Sul, não viam um começo de safra tão difícil. Em algumas regiões as situações que levaram a prejuízos e até ao replantio são diferentes, alguns tiveram seca prolongada e outros excesso de chuvas.

Na propriedade de Luis Seibt, em Naviraí (MS), o tempo fechado é o que preocupa. No dia em que a reportagem do Projeto Soja Brasil esteve lá, de uma hora para outra o clima mudou e, em apenas 40 minutos, choveu mais de 130 milímetros. O suficiente para acabar com 800 hectares de soja recém plantados. O produtor acionou o seguro e terá que replantar a área.

“Está sendo uma das safras mais estranhas que nós já vimos. Moro aqui desde os 10 anos, faz 46 anos que temos propriedades aqui e nunca vi isso na minha vida”, afirma Seibt.

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Luis Seibt, em Ponta Porã (MS) – Foto: Carolina Lorencetti

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Há 120 quilômetros dali, em outra propriedade de Seibt, a preocupação é outra, com a estiagem. A soja plantada há mais de um mês custa a crescer e se desenvolver. Por lá, o replantio também poderá ser necessário, só depende das chuvas. Isso tudo fará com que a área destinada ao milho segunda safra seja reduzida pela metade.

“Íamos plantar 10 mil hectares, mas agora acho que vamos ficar nos 5 mil. Sem falar que os materiais que nós tínhamos adquirido vamos tentar trocar junto ao fornecedor, por materiais precoces ou super precoces, para tentar escapar da geada, porque com certeza vai ter um atraso no plantio do milho”, afirma o engenheiro agrônomo da fazenda Alberto Pippus.

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Fazenda em Naviraí (MS) – Foto: Carolina Lorencetti

A escolha de híbridos de milho mais resistentes também é um diferencial para quem chegar atrasado na safrinha.

“São variedades com comportamento interessante para o estado, que possui altitudes mais baixas e muito calor. São materiais com tolerância maior. Então eles consegue tolerar um pouco mais esse estresse que a safrinha passa todos os anos”, diz o pesquisador da Fundação MS, André Lourenção.

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Fazenda em Ponta Porã – Foto: Carolina Lorencetti

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