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Paraná prorroga data limite para plantio de soja. Entenda o que muda!

Medida anunciada pela Adapar extingue antiga regra de plantio até o dia 31 de dezembro. Entretanto, há data limite para a interrupção do ciclo da cultura! Novas regras já valem para esta safra!

plantio de soja
Colheita ou interrupção do ciclo da soja deve ser realizada até no máximo dia 15 de maio. Foto: Soja Brasil/reprodução

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) confirmou a prorrogação do prazo para a semeadura de soja no estado. O produtor, que antes tinha no máximo até o dia 31 de dezembro para plantar o grão, agora não terá mais limite para isso. Entretanto, a colheita ou interrupção do ciclo da cultura deve ser realizada até no máximo dia 15 de maio.

A nova portaria (nº 342/2019), responsável por estabelecer o período de vazio sanitário e outras medidas para o controle da ferrugem asiática no estado, substitui a nº 202/2017, que determinava o plantio até 31 de dezembro como data limite para o plantio. Caso depois de 15 de maio o produtor mantenha plantas vivas de soja em sua área ele poderá ser multado.

Segundo a Adapar, a prorrogação foi uma solicitação dos produtores paranaenses, já que fatores climáticos têm atrasado o plantio da soja, especialmente nas regiões sul e sudoeste.

“Eles argumentam que as características distintas do clima nas regiões do estado dificultam o cumprimento do calendário”, diz.

Outra justificativa é que o estado de Santa Catarina, que faz divisa com o Paraná, permite o plantio até 10 de fevereiro, o que tem exigido harmonização de procedimentos em algumas propriedades.

A decisão pela mudança aconteceu após reuniões entre a Secretaria da Agricultura, produtores e entidades do setor.

“A soja tem uma importância socioeconômica expressiva para o Paraná, que é o segundo maior produtor brasileiro. A decisão dará mais segurança para os produtores, considerando as diferenças climáticas no estado”, diz o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara.

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Para os agricultores, a medida garante maior capacidade de planejamento. “Agora temos condição de produzir soja durante o mês de janeiro. Ela oferece mais estabilidade para os produtores, ao contrário do feijão, por exemplo, que oscila muito, a ponto de perdermos a produção por causa da chuva”, diz o presidente do Sindicato Rural de Pato Branco, Oradi Francisco Caldato.

“Haverá mais planejamento nas lavouras. Além disso, a área de milho na primeira safra tende a aumentar, porque será possível plantar soja um pouco mais tarde. É uma vitória de todo o estado, e sem prejuízo às questões sanitárias”, acrescenta.

Vazio sanitário

A nova norma também reforça medidas fundamentais para a sanidade vegetal no estado. A prática do vazio sanitário, adotada de 10 de junho a 10 de setembro de cada ano como estratégia para retardar o aparecimento e diminuir o número de pragas responsáveis pela ferrugem asiática, continua garantida.

“A Adapar está alinhada com o Programa Nacional de Controle de Ferrugem Asiática da Soja do Ministério da Agricultura. Assim, segue o fortalecimento do sistema de produção agrícola da soja com a defesa sanitária vegetal”, diz o diretor-presidente da Adapar Otamir Cesar Martins.

“É importante ressaltar que é proibido o plantio de soja seguido de outro na mesma área, em um mesmo ano agrícola. Vamos seguir acompanhando o andamento da aplicação da medida e orientar os agricultores e cooperativas para que possamos obter os melhores resultados possíveis”, diz o presidente do sistema Ocepar, José Roberto Ricken.

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