O resultado de um de seus estudos é uma variedade de soja transgênica com resistência a ferrugem asiática
O pesquisador e professor da Universidade Federal de Viçosa (MG), Sérgio Brommonschenkel, teve a honra de ter um de alguns de seus estudos publicados na Nature Biotechnology, considerado um periódico científico de grande impacto na área da biotecnologia. A pesquisa desenvolveu uma variedade de soja transgênica resistente à ferrugem asiática.
“A ferrugem asiática é a principal doença fúngica da soja no Brasil. Se comparar com os Estados Unidos, eles não têm o mesmo nível de problema, pois lá a condição climática limita o desenvolvimento do patógeno. Da mesma forma acontece na Argentina”, afirma Brommonschenkel.
Segundo o pesquisador, no Brasil a doença tem potencial de causar um impacto de 30% de redução na produção. “Isso é muito significativo, né? Se pensar numa área plantada de 34 milhões de hectares, é equivalente a quase a 10 milhões de hectares plantados”, diz.
A ferrugem asiática da soja é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e o combate é feito por fungicidas, que muitas vezes causam problemas ambientais e tornam a produção muito cara. Segundo o pesquisador, a resistência genética é forma de controle mais desejada pelos produtores.
“Essa tecnologia vai chegar ao agricultor embutida na semente. Outro ponto é que essa medida é ambientalmente mais amigável, porque usando variedades resistentes, ele não vai ter que fazer tantas aplicações de agrotóxicos para manejar doença”, conta.
Brommonschenkel considera a cultura da soja fantástica, ainda mais considerando a contribuição para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. “É uma cultura que traz envolvimento e muito serviço associado. Eu acho que a gente tem que trabalhar na pesquisa para fazer com que essa atividade continue tendo essa importância e sustentabilidade”, finaliza.
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