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Relatório USDA: veja os possíveis impactos no preço da soja

O mercado já se antecipou à divulgação que acontecerá nesta segunda-feira e precificou o grão. Mas analistas dizem que entidade pode surpreender mais uma vez, derrubando as cotações

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga nesta segunda-feira, 12, às 13h, o seu relatório de oferta e demanda da soja. Esta é uma das principais divulgações da entidade antes de a colheita nos Estados Unidos começar. O mercado já tenta se antecipar e prever o que a entidade divulgará, até por isso os preços da soja subiram nos últimos dois dias da semana passada na Bolsa de Chicago. Mas será que a entidade não virá com novas surpresas, como nos meses anteriores? Tem analista apostando que sim, e isso poderia derrubar as cotações!

Na última quinta-feira, 8, as perspectivas do mercado ajudaram as cotações a registrarem forte alta de 2% em Chicago. Segundo alguns analistas de mercado pelo mundo, o USDA deve indicar uma produção de soja na casa de 102 milhões de toneladas, ante as 104 milhões de julho e as 123 milhões de toneladas de um ano antes.

Estoques

Em relação aos estoques de passagem, o mercado espera que a entidade eleve a sua estimativa para 2018/2019 de 28,5 milhões de toneladas (junho) para 29,1 milhões de toneladas em agosto. Para a temporada 2019/2020, a projeção é elevar de de 21,6 milhões de toneladas para 22,2 milhões de toneladas neste mês.

A perspectiva é de que os estoques globais da oleaginosa deverão ser elevados de 113 milhões de toneladas para 113,4 milhões de toneladas em 2018/2019. Para a próxima temporada, a expectativa é de estoques de 106,2 milhões, contra 104,5 milhões projetados em junho.

Mas o que pode acontecer com os preços?

Se o USDA divulgar algo parecido com o que o mercado espera:

“Pode ser que o preço suba só um pouco. Não muito, pois já está precificado e ainda tem os impactos da guerra comercial que influenciam negativamente os preços em Chicago. Se o corte for um pouco maior que o esperado os preços podem até testar os US$ 9 por bushel, mas não tem força para superar muito além disso”, diz o analista da Safras & Mercado Luiz Fernando Gutierrez.

Se o USDA surpreender e não cortar a safra dos EUA como o mercado espera:

“O USDA pode não cortar a safra americana e, quem sabe, até aumentar. Se isso acontecer os preços podem despencar para US$ 8,40 por bushel, ou até pior, chegando a US$ 8,20, caso eles cortarem a perspectiva de exportações americanas e ampliarem o estoque. Eu, particularmente, acho que o USDA pode surpreender”, diz ele.

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