A área cultivada com soja em São Paulo deverá ocupar 1,04 milhão de hectares na temporada 2019/2020, praticamente sem alterações em relação à anterior, de acordo com o presidente da Aprosoja São Paulo, Gustavo Chavaglia.
A previsão é de que o rendimento médio das lavouras varie entre 3.300 quilos e 3.600 quilos por hectare, com uma produção de soja oscilando entre 3 milhões e 4 milhões de toneladas.
Ele destaca que o estado dispõe de uma área bem definida e otimizada. “Haveria uma possibilidade de crescimento em áreas de pastagens do noroeste paulista, com integração lavoura pecuária, muito embora as frustrações ocorridas neste ano tenham feito com que o produtor decidisse não ampliar a área”, afirma.
Chavaglia sinaliza que o produtor de São Paulo aguarda um quadro de estabilidade das chuvas para efetuar o plantio em todas as regiões, o que está previsto para ocorrer a partir de 10 de outubro, se estendendo até o período de 10 de novembro.
Investimentos e vendas
O executivo afirma que o produtor paulista acabou deixando as compras de insumos necessários à safra mais para o final, por conta das informações diversas que influenciaram o mercado, com guerra EUA X China, pressões cambiais e indefinições econômicas, mas não tende a haver interferências na produção. O acesso ao crédito para a nova safra também ocorreu sem maiores
dificuldades no estado.
Ele comenta que o ritmo de vendas antecipadas de soja ainda está lento frente à média histórica de anos anteriores, que atingia volumes próximos a 50% no período. “Maiores definições deverão ocorrer nesses primeiros dias de outubro”, disse.
Chavaglia ressalta que a tabela de frente, o dólar, o petróleo entre outros fatores trouxeram aumento nos custos ao produtor. “A produção só não sofrerá os impactos negativos dos custos se obtiver bons preços futuros. Se o produtor vender bem, poderá mitigar as perdas com o aumento dos custos dos insumos”, ressalta.
De acordo com o dirigente, nesse momento, o mercado se mostra comprador para a soja, com o aumento de negócios com a China envolvendo a oleaginosa e as carnes, com o quadro de menores estoques americanos e os sinais de melhora na economia brasileira. “Uma sinalização de demanda futura elevada poderá trazer resultados positivos ao produtor”, conclui.