O nível de água do Rio Paraná é um dos mais baixos dos últimos 30 anos, afirmou a Bolsa de Comércio de Rosário da Argentina, e isso tem trazido impactos nas exportações de soja não só de lá, mas também do Paraguai.
A falta de chuvas deve ainda atrasar e trazer impactos aos trabalhos no porto de Rosário, na Argentina, até pelo menos a metade de maio, estima a Bolsa de Comércio.
No Paraguai a situação é a mesma e muitas barcaças (pequenas embarcações com capacidade de carregar no máximo 1,6 mil toneladas) não estão conseguindo levar a soja até a Argentina (no porto de Rosário e a Nueva Palmira, no Uruguai), afirmou o presidente da União das Associações de produtores do Paraná (Unión de Gremios de la Producción), Héctor Cristaldo.
Acredita-se que aproximadamente 120 destas barcaças carregadas com soja estavam tendo problemas para se locomover pelo rio. Segundo Cristaldo, as barcaças partem desde de Três Fronteiras passando por algumas outras cidades paraguaias no entorno do rio.
“Aproximadamente 20% da produção de soja do Paraguai é exportado por ali, o que representa mais ou menos 2 milhões de toneladas, já que colhemos 10 milhões de toneladas nesta safra”, afirma Cristaldo.
Segundo ele, há uma conversa com Itaipu para que usina libere água para que estas 120 barcaças possam sair de lá, pelo menos, pois elas necessitam de pelo menos 1,1 metro de água para se movimentar e algumas partes do rio estão com apenas 30 centímetros. “O restante das exportações teremos que fazer por caminhões mesmo, o que deve gerar um custo extra bem mais alto”, afirma.