O patamar de US$ 10 por bushel para a soja na Bolsa de Chicago ainda está distante da realidade, afirma o analista Luiz Fernando Gutierrez Roque, da consultoria Safras. Em transmissão ao vivo nesta sexta-feira, 17, ele disse que precisaria de uma conjunção de fatores para levar a bolsa a esse nível. Atualmente, a posição novembro do grão é cotada próxima de US$ 9 por bushel.
O primeiro fator destacado pelo analista é o apetite chinês. “A demanda chinesa vai seguir ditando os rumos de Chicago”, ressalta. “Para o grão chegar a US$ 10 por bushel, essa demanda precisaria crescer muito”, pondera.
Outro fator que pode alavancar Chicago é o clima nos Estados Unidos. “Uma quebra na safra norte-americana poderia levar a bolsa a este patamar”, acrescenta.
Para o fim do ano, a partir do mês de outubro, as atenções em Chicago devem voltar à safra da América do Sul e ao clima na região. “Isso porque o risco de La Niña pode afetar as safras de soja do Brasil e da Argentina”, lembra.
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