Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a semana com preços mais altos. Após atingir os menores patamares desde 14 de maio, compras de barganha garantiram a recuperação na sexta-feira, dia 24.
A atraso no plantio da safra americana, em decorrência do excesso de chuvas, e o bom desempenho de outras commodities contribuíram para a elevação, que garantiu também a valorização semanal. Destaque para as altas do petróleo, do milho e do trigo.
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Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na próxima semana. As dicas são do analista da consultoria Safras & Mercado Luiz Fernando Roque:
- Enquanto aguarda por novidades relacionadas à guerra comercial entre Estados Unidos e China, o mercado analisa com atenção redobrada a situação climática para o plantio da nova safra dos EUA. O plano de ajuda de Trump aos produtores norte-americanos também é digerido, embora mais detalhes sejam necessários;
- Chicago ganha muita volatilidade frente às incertezas trazidas pela guerra comercial e pelas dúvidas com relação ao verdadeiro tamanho da área de soja nos EUA. Por um lado, o mercado continua pressionado pela falta de acordo entre EUA e China. Por outro, o atraso na semeadura da nova safra de soja norte-americana pode culminar em uma área menor que a estimada inicialmente;
- A semana foi de aumento do pessimismo diante do endurecimento do tom por parte dos chineses, que dizem que não voltarão à mesa de negociações se os EUA não recuarem em algumas ações recentes. Mas, nesta sexta-feira, o mercado foi surpreendido pela confirmação, por parte de Trump, de que haverá um encontro entre ele o presidente chinês, Xi Jinping, no final de junho, durante o G-20. Embora o ceticismo permaneça, há uma certa esperança sobre o avanço das negociações. Permanecemos pessimistas com relação a este ponto, não acreditando que o acordo ocorrerá no curto-prazo;
- O atraso no plantio da nova safra dos EUA continua chamando a atenção. Já é certo que os produtores não conseguirão semear toda a área destinada ao milho, o que culminaria em uma área maior a ser destinada à soja devido à janela de plantio maior. Apesar disso, há dúvidas se o clima irá permitir o plantio de toda a área inicialmente destinada à oleaginosa. O plano de ajuda de Trump não trouxe detalhes de como serão os pagamentos aos produtores, o que também traz dúvidas se haverá ou não incentivo ao plantio. O momento é bastante confuso. Os próximos 30 dias serão decisivos;
- Atenção ao relatório de evolução do plantio norte-americano, que será divulgado nesta segunda-feira, dia 27. A sessão de terça-feira, dia 28, pode ser de movimentos acentuados.
