O Brasil pode colher 120,8 milhões de toneladas de soja na safra 2019/2020, aponta o 2º levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Esse montante representa um incremento de 5,1% ante as 115 milhões de toneladas do ano passado e um leve aumento se comparado ao 1º levantamento, divulgado em outubro, quando se esperava uma produção de 120,3 milhões de toneladas.
Mesmo com os problemas climáticos enfrentados por importantes estados produtores de soja, como o Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e até a Bahia, que quase não teve chuvas para iniciar o plantio do grão, a entidade quase não alterou suas perspectivas para estas localidades.
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Uma das principais mudanças notadas no novo relatório é em relação a safra de soja de São Paulo, que agora pode chegar a 3,65 milhões de toneladas, 21,3% maior que a colheita do ano passado (3 milhões de toneladas) e maior que as 3,4 milhões de toneladas do 1º levantamento.
“A safra de soja deverá ter uma área 2,3% maior que na última temporada, continuando a tendência de crescimento das últimas safras. A semeadura iniciou de forma modesta em relação à safra passada, mas dentro da normalidade quando comparada às outras safras. Até o início de novembro cerca de 54% da área esperada para a semeadura já estava efetivamente plantada”, informou a entidade.
Por estados
Mato Grosso segue como principal produtor do país, com 33,1 milhões de toneladas, 2% a mais que 2018/2019 e igual ao levantamento de outubro. O Paraná segue com a expectativa de retomar o posto de segundo maior produtor do país, com 19,2 milhões de toneladas. O Rio Grande do Sul é o terceiro com 18,5 milhões de toneladas.
Por região, o Centro-Oeste deve produzir 3,8% mais soja nesta safra chegando a 54,6 milhões de toneladas. Depois aparece o Sul, com incremento de 6,1% ante 2018, chegando a 40,1 milhões de toneladas.