A soja teve uma semana de altos e baixos. A posição março de 2020 terminou a sexta-feira, 23, cotada a a US$ 8,90 1/2 por bushel, recuo de 0,36% na semana. De acordo com a consultoria Safras, as fracas exportações dos Estados Unidos ditaram o pregão.
Mas o que está por vir na próxima semana? O analista de mercado Gil Barabach elencou os principais pontos de atenção para a próxima semana. Fique ligado, porque eles podem influenciar os preços da soja.
- A China ainda é o principal ponto de risco para os mercados. Assim, o andamento do coronavírus deve continuar dando a pulsação de curto prazo para os preços de soja na Bolsa de Chicago e para o câmbio;
- No lado da demanda, o foco continua no fluxo de compra chinês, tanto o ritmo como a origem. A volta da China ao mercado norte-americano deve ter um impacto positivo sobre os preços em Chicago.
- Já os prêmios nos portos da América do Sul tendem a perder ainda mais força. As compras chinesas nos EUA, nessa época do ano, acabaram tirando demanda da América do Sul, especialmente do Brasil;
- No lado da oferta, a colheita brasileira anda de forma compassada por conta da chuva, o que suaviza o efeito da “barriga de safra”. Mas o avanço da safra recorde de soja no Brasil deve continuar pesando sazonalmente sobre Chicago, inibindo uma investida de alta mais expressiva;
- A posição maio de 2020 mostra fraqueza técnica, o que deve limitar o impulso corretivo em Chicago. Atenção às referências entre e US$ 9 e US$ 9,10 por bushel. Um rompimento dessas linhas (com consistência) pode servir de impulso para um redirecionamento da cotação da soja na bolsa norte-americana;
- O dólar batendo máximas histórica sempre é interessante para o vendedor. Ainda mais na entrada da safra. Assim, segue a oportunidade para fazer algum caixa;
- Também é bom seguir atento à volatilidade em Chicago, pois um dólar alto associado a um repique na Bolsa de Chicago pode abrir espaço, inclusive, para fixações futuras;
- O dólar continua como principal aliado do vendedor. Por isso, é bom seguir atento as chances de fixação cambial. A curva futura projeta dólar em R$ 4,40 para maio e R$ 4,43 para setembro. Indicação para dezembro é de R$ 4,44 (Focus aponta R$ 4,10).