A produtividade média nacional da soja cresceu 5,7% nos últimos 10 anos, chegando a 55 sacas por hectares, de acordo com o Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb). O presidente da entidade, Leonardo Sologuren, afirma que o pacote tecnológico ainda é pouco explorado no país e precisa ser estimulado a cada temporada.
Com o intuito de ajudar os produtores rurais nesta missão, o Cesb surgiu 12 anos atrás. “Um grupo eclético que tinha como objetivo saber: será possível mudar o patamar de produtividade de soja com a tecnologia atual? Aí surgiu o Desafio de Alta Produtividade, e queríamos estender a esses produtores também o desafio”, diz Sologuren.
O desafio começou em 2009, com apenas 140 participantes. Neste ano, em sua 12ª edição, recebeu 5.400 inscritos de todo o país. O prêmio é dividido em seis categorias: Norte/Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste, Sul, área irrigada e o nacional, que inclui as cinco categorias anteriores.
Na primeira edição, em 2009, o campeão foi de Mato Grosso, com 83 sacas por hectare. Nos dez anos seguintes, todos os vencedores tiveram produções acima de 100 sacas por hectare. Em 2016/2017, aconteceu o recorde de impressionantes 149 sacas por hectare.
No ano passado, o produtor do Rio Grande do Sul Maurício de Bortoli foi o ganhador, com 123 sacas. “Muitas vezes você não precisa investir mais para colher mais. Você precisa observar onde você está perdendo. Quanto menos perde, mais você colhe. Então isso é o que o prêmio Cesb faz: ele estimula o produtor a ser mais eficiente, mais caprichoso e mais cuidadoso com suas operações”, diz.
O vencedor da 12ª edição será conhecido durante o Fórum Nacional de Máxima Produtividade de Soja, no próximo dia 14 de julho. O evento on-line será transmitido pelo Canal Rural a partir das 8h20.
O diretor de Marketing do Cesb, Nilson Caldas, guarda segredo sobre o resultado deste ano, mas destaca que além de serem campeões de produtividade nas áreas de 5 a 10 hectares reservadas pelo desafio, também tem ótimos resultados em suas lavouras comerciais. “Só para dar um exemplo, a média brasileira é de 55 sacas por hectare, o produtor que produzir 90 sacas por hectare, está aí com 35 sacas a mais que a média; portanto, é um diferencial produtivo muito grande”, afirma.