Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços em forte baixa, zerando os ganhos acumulados ao longo da semana.
A tensão geopolítica gerada pelo ataque americano que culminou na morte do general Qassem Soleimani, líder de uma ala da Guarda Revolucionária do Irã que opera no estrangeiro, aumentou a aversão ao risco no mercado financeiro internacional e deflagrou um movimento de realização de lucros para a soja.
Completando o cenário negativo aos preços, as exportações semanais americanas foram as menores da temporada e ficam abaixo da expectativa. As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2019/20, com início em 1 de setembro, ficaram em 330.300 toneladas na semana encerrada em 26 de dezembro – menor nível da temporada. Representa uma redução de 55% frente à semana anterior e um recuo de 66% ante à média das últimas quatro semanas.
A China liderou as importações, com 160.200 toneladas. Para a temporada 2020/21, foram mais 1,7 mil toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 350 mil a 1 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Os investidores ainda aguardam a assinatura da fase 1 do acordo comercial entre China e Estados Unidos, a princípio esperada para o dia 15 de janeiro. Os operadores também buscam um melhor posicionamento frente ao relatório de janeiro do USDA, que será divulgado no dia 10.
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 14,75 centavos ou 1,54% em relação ao fechamento anterior, a US$ 9,41 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 9,55 1/4 por bushel, com perda de 14,25 centavos ou de 1,46%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 4,40 ou 1,43% a US$ 301,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 35,08 centavos de dólar, baixa de 0,16 centavo ou 0,45% na comparação com o fechamento anterior.