Na maior capital do país, São Paulo, a “Agronomia Sustentável” está presente em vários pontos da cidade. Na gestão dos espaços urbanos, no licenciamento ambiental de construções e também na fiscalização do exercício desses profissionais. Os temas foram abordados no segundo episódio da série que foi ao ar neste sábado, 3.
São Paulo é uma das 15 capitais por onde a equipe do Canal Rural está percorrendo para mostrar o trabalho da agronomia integrando o campo com a cidade e buscando melhor qualidade de vida da população. O projeto Agronomia Sustentável é uma parceria do Canal com o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Na capital paulista, são 3.882 agrônomos inscritos no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo. No estado, há 21.161 engenheiros agrônomos, 20% do total de profissionais inscritos nos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia, segundo dados do Crea-SP. Entre eles está Waleska Delpietro, profissional que desenvolveu o projeto Cidades Inteligentes e atua no programa Município Verde-Azul, da Secretaria do Meio Ambiente do estado. São ações para tornar os espaços urbanos mais sustentáveis.
“Sou uma engenheira agrônoma apaixonada pelas cidades e, principalmente, pela transformação delas. E, ao longo da minha jornada, pude perceber o quanto era deficiente essa atuação do engenheiro agrônomo dentro da cidade”, comenta.
Waleska se orgulha de dedicar sua expertise na agronomia a melhoria da qualidade de vida da população. “Eu vejo o quanto nós evoluímos a partir desse programa de 2007 (Município Verde-Azul). Se nós considerarmos que até 2050, isso é um dado da ONU, teremos 70% da população vivendo nas cidades, isso vai gerar uma demanda muito grande por tecnologia, produção de alimentos, de serviços. E precisamos ter muita inovação no setor público, o que envolve a engenharia, a agronomia”, diz.
A coordenadora adjunta da Câmara de Agronomia do CREA-SP, Adriana Mascarenhas Labinas, destaca mais possibilidades de atuação desse profissional além dos limites da propriedade rural. “ Passa por comércio exterior, bolsa de mercadorias e futuro, mercado financeiro, toda parte que o agrônomo precisa atender que ele não faz só lá dentro da porteira”, afirma.
“Seria muito interessante que tanto o campo quanto a cidade entendessem que a proximidade deles se completam e faz o produto chegar mais depressa, a variedade de produtos ser maior. É interessante que as pessoas entendam que quanto mais próximos estejam um do outro, melhor”, ressalta Adriana.
O agrônomo Denis Storani iniciou a carreira há 16 anos no setor público com área de licenciamento ambiental. Hoje, segue na mesma área, mas como consultor na iniciativa privada. “A área que eu atuo tem um campo muito grande a ser explorado, principalmente, para expansão imobiliária que no Brasil está em expansão”, comenta.
Já o diretor financeiro adjunto do CREA-SP, Marcelo Suzuki, explica qual o papel do conselho para permitir que a população se beneficie da agronomia. “O trabalho do Conselho de Engenharia e Agronomia do estado de São Paulo é de fiscalização do exercício profissional, de forma que procure minimizar a atuação de pessoas físicas e jurídicas sem o conhecimento técnico nas áreas da engenharia dessa forma proporcionando a valorização profissional. Uma fiscalização que deve estar a altura da evolução tecnológica da engenharia e da agronomia”, diz.