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Agronomia Sustentável

Em MG e ES, agronomia tem destaque no café, leite e recuperação de áreas degradadas

A série 'Agronomia Sustentável’ exibida neste sábado, 8, aborda ainda a implantação de novas áreas verdes, a movimentação de cargas no porto de Vitória e a valorização do exercício profissional

As capitais dos maiores polos cafeeiros do país estão no sétimo episódio da série Agronomia Sustentável, que foi ao ar neste sábado, 8. Nos dois primeiros produtores de café do país, Minas Gerais e Espírito Santo, o programa aborda ainda o cooperativismo de leite, a recuperação de áreas degradadas nas áreas urbanas e rurais e a importância do porto de Vitória para a economia local. O projeto é uma parceria do Canal Rural com o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Conselhos Regionais (Creas) e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Minas Gerais concentra 50% da produção nacional de café mesmo na bienalidade baixa, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater). E por lá a agronomia faz uma conexão muito clara entre o urbano e o rural. “Na verdade, hoje o café é um produto muito do meio urbano. Hoje a gente vê a grande abertura de cafeterias, uma mudança nos fatores de consumo, buscando muitos cafés especiais e cafés diferenciados”, relata o coordenador técnico da Emater, Julian Silva.

Em Mateus Lemes, na região metropolitana de Belo Horizonte (a 62 km), a equipe do Canal Rural visitou uma lavoura de 1,5 hectare de café arábica. As cafeterias da região estão no alvo do dono da terra na comercialização do grão. “Como eu gosto muito da agricultura, do meio rural, eu sou agricultor e filho de agricultor, eu plantei esse café porque moro próximo dos grandes centros urbanos pensando no mercado urbano”, define o produtor rural José Alves.

Além do café, a história do estado de Minas Gerais está fortemente ligada à mineração e, com ela, veio a necessidade de recuperação das áreas degradadas pela atividade. Esse é o trabalho do engenheiro agrônomo Marcelo Martins. “Nós começamos a ver o que o conhecimento da agronomia poderia contribuir na área de mineração. Nós começamos trabalhar com recuperação da área degradada, antes da primeira portaria de exigência de área degradada no Brasil”, conta.

A força do cooperativismo na pecuária leiteira também foi um outro assunto abordado na capital mineira. Responsável pela captação de três milhões de litros de leite por dia, a Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR) abrange 32 cooperativas que representam 4.500 produtores rurais. É considerada a maior cooperativa do país na captação do produto. “Hoje, pela qualidade genética do rebanho, é fundamental que exista a figura do engenheiro agrônomo para desenvolver e acompanhar toda a inovação tecnológica”, define o presidente da CCPR, Marcelo Candiotto.

Espírito Santo

Em Vitória, o porto onde partem exportações e importações ajudou a cidade crescer e se relacionar com todo o mundo. Entre 2011 e 2020, o porto movimentou 68,7 milhões de toneladas de produtos que envolvem minério e itens do agro, entre outros. No ano passado, 5,5% da movimentação do porto foi de fertilizantes, por exemplo, segundo a Companhia de Docas do Espírito Santo (Codesa).

Vitória (ES)
Vitória (ES). Foto: Canal Rural

Na capital capixaba, ainda existe a preocupação da implantação de novas áreas verdes, trabalho também desempenhado pelo agrônomo. “De 25 anos para cá é que, de fato, houve uma amplitude desses procedimentos de tal maneira que as cidades, praticamente todas elas, adotam de uma forma ou de outra, essa atividade tecnicamente conduzida e, ‘agronomicamente’ levada a efeito”, informa o engenheiro agrônomo Francisco Junger. E, no estado, fica evidente ainda a valorização da atuação multidisciplinar entre os agrônomos e outras engenharias.

“A nossa intenção como Crea é defender a sociedade e defender os bons profissionais. Valorizar os bons profissionais. Como os engenheiros agrônomos, temos outros engenheiros fantásticos que muitas vezes, nós atuamos de forma multidisciplinar”, afirma o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES), Jorge Silva. Segundo a entidade, são 1.819 engenheiros agrônomos no estado.

A série Agronomia Sustentável mostra a conexão do rural com o urbano para destacar a presença e responsabilidade econômica e social da agronomia. O programa vai ao ar todo sábado às 9h, com reprise aos domingos, às 7h30.

Na próxima semana, o 8º episódio da série vai mostrar o agrônomo em Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS) na manutenção dos gramados dos estádios de futebol e no setor de tecnologia, rastreabilidade de alimentos, além do como projeto pioneiro de capacitação que está sendo desenvolvido pela Universidade Corporativa do Crea-SC.

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