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Agronomia Sustentável

Agronomia Sustentável mostra importância dos engenheiros na educação

Multiplicadores e geradores de conhecimento, profissionais têm o desafio de se manter sempre atualizados e em linha com a linguagem da nova geração

O Brasil é um dos países mais agrícolas do mundo e grande parte desta força se deve à atuação dos engenheiros agrônomos. No entanto, esses profissionais não teriam como transmitir seus conhecimentos se não fosse o trabalho dos professores, espalhados por todo o país. Mostrar a realidade dos mestres da educação no setor é o foco do nono episódio da terceira temporada da série Agronomia Sustentável.

A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), em Piracicaba, interior de São Paulo, por exemplo, conta com mais de 200 docentes e é referência no setor. Por lá, o engenheiro agrônomo e professor Carlos Eduardo Cerri conta que a sua atuação na área vem de gerações, sendo que seus pais se formaram na instituição e o seu avô também exercia o mesmo ofício. “Acho que em meu sangue já havia uma predileção por essa área. Fiz graduação em agronomia, mestrado e doutorado em solos e interação com plantas e atmosfera e sou docente há mais de 15 anos nessa linha”, conta.

Cerri trabalha no departamento de Ciências do Solo com foco em ensino, pesquisa, extensão, graduação e pós-graduação. “Considero a engenharia agronômica, a florestal e a ambiental as profissões mais importantes porque é delas que os alimentos, as fibras e as energias são produzidas para que as pessoas que estão distantes do campo se beneficiem e sobrevivam em função das suas necessidades […]”.

Quem também começou a ensinar foi o engenheiro agrônomo Leonardo Pimentel, professor do Departamento de Agronomia da Universidade de Viçosa, em Minas Gerais, uma das instituições de ensino superior mais antigas do país. Segundo ele, os maiores desafios são o de se conectar com as novas tecnologias e também estar sempre atento às demandas das novas gerações. “Tudo isso é muito prazeroso porque nos mantém na fronteira do conhecimento, ligado aos jovens. É uma profissão muito bacana que nos inspira a buscar cada vez mais, em constante evolução e desenvolvimento”, afirma.

professor agronomia
O engenheiro agrônomo Leonardo Pimentel instrui alunos. Foto: Reprodução Canal Rural

Já na Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, o professor e engenheiro agrônomo Adriano Arrué Melo teve a paixão pela sala de aula despertada quando fazia o doutorado. “Sempre digo que todos nós somos eternos aprendizes e os professores, muito mais. Como professor universitário, temos uma missão diferente, pois além de buscar conhecimento, precisamos gerá-lo. Essa é a função da universidade, então temos de gerar novas tecnologias e informações e, por isso, precisamos estar sempre na vanguarda do conhecimento […]”, considera.

Fomento à educação

O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) tem um importante papel no apoio ao setor educacional do país, impactando diretamente na formação dos especialistas da engenharia, agronomia e geociências. Para isso, existe a Comissão de Educação e Atribuição Profissional (Ceap), que tem entre as missões propor medidas que estimulem as instituições de ensino superior a tratarem a questão da qualificação profissional como um processo contínuo, o que interfere na inserção dos formados na área junto à sociedade.

“O aluno precisa ir a fundo nas ciências básicas, ou seja, física, química, matemática, biologia e ciências sociais aplicadas. Este é o ferramental para se enfrentar um mundo em constante mudança. Não basta ser treinado em tecnologia, é preciso ter o conhecimento e saber como essa tecnologia é concebida, quais os princípios que estão por trás daquela demanda daquele momento”, diz o coordenador da Ceap, Luiz Antônio Lucchesi.

Segundo ele, a demanda por bons profissionais vai ser sempre grande. “Temos excelentes cursos de agronomia no Brasil, dentre os melhores do mundo em vários estados da federação, de Norte a Sul, de Leste a Oeste”, declara.

O engenheiro de Minas Sérgio Médici de Eston se graduou na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), passou por diversas especializações e, hoje, é professor do curso de engenharia de Segurança do Trabalho, onde dá aulas há 30 anos. A instituição é considerada uma das escolas de engenharia mais completas da América Latina.

Já no estado vizinho, a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) oferece a alunos brasileiros e do exterior o programa de residência e iniciação profissional em agronomia, uma capacitação para recém-formados no curso. “Do ponto de vista da universidade, nos aproximamos mais da sociedade, interagindo com outros órgãos públicos, com empresas, cooperativas, produtores, e isso faz a universidade ter a oportunidade de desenvolver aquilo pelo qual ela é destinada: ser a grande formadora de recursos humanos para a sociedade”, diz o coordenador de Residência e Agronomia da instituição.

O próximo episódio da série Agronomia Sustentável vai abordar a engenharia de pesca, setor que contribui para a segurança alimentar de milhares de famílias na região Norte do país. O programa é uma realização do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Mútua e Canal Rural e vai ao todos os sábados, às 9h (horário de Brasília), com reprises aos domingos, às 7h30.

 

 

 

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