G20

Brasil vai propor na COP29 criação de fundo para transição energética

Ministro Alexandre Silveira quer aprovar no Azerbaijão uma proposta de financiamento global para energia limpa

Ministro Alexandre Silveira propõe fundo global para financiar transição energética.
Ministro Alexandre Silveira propõe fundo global para financiar transição energética. | William Brisida/Itaipu Binacional

O Brasil vai propor na COP29, que acontece em novembro no Azerbaijão, um fundo global para financiar a transição energética. A informação é do ministro das Minas e Energia Alexandre Silveira, que participa da reunião ministerial do G20 para transição energética, em Foz do Iguaçu (PR), até sexta-feira (04). O ministro afirmou ainda que essa busca por essa pluralidade energética, justa e inclusiva, deve ser financiada pelo petróleo.

Silveira reforça que o movimento da economia verde, da energia e dos combustíveis renováveis representa uma nova economia mundial e que precisa ter um alinhamento de nações. “Enquanto não avançarmos de forma global, se não houver governança e mecanismos de medição, não haverá transição energética”, sentencia o ministro. Disse ainda que a grande inflexão do crescimento global será a energia.

Nesse sentido, o ministro também admite que é necessário modernizar os mecanismos brasileiros, como Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para receber e operar com segurança essas energias alternativas, como a eólica, fotovoltaica e de biomassa. Além de ampliar a oferta, a intenção é ter mais estabilidade no fornecimento dessas energias, classificadas como intermitentes, sujeitas questões como o vento e sol, por exemplo.

Sobre o petróleo, Silveira reitera que, enquanto houver demanda, o Brasil não pode abrir mão de suas riquezas e reservas naturais, desde que exploradas de forma adequada, em nome do desenvolvimento econômico e social do país.

Enio Verri: petróleo será fundamental no financiamento da transição energética. | Foto: William Brisida/Itaipu Binacional.

Enio Verri, diretor-presidente brasileiro da Itaipu Binacional, anfitrião do evento em Foz, seguiu o ministro na defesa de um modelo de transição financiado pelo petróleo: “fundamental.” Na abertura dos trabalhos do G20, na segunda-feira, o executivo já tinha colocado o petróleo como um ativo e condição ao processo de transição.